sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Eletrobrás pretende construir cinco novas usinas no Rio Tapajós

O presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz, anunciou hoj (19), no 22º Congresso Brasileiro de Energia, que a holding estuda a construção de cinco novas usinas hidrelétricas no Rio Tapajós (que abrange os estados do Amazonas e Pará).Os empreendimentos teriam capacidade de produção de 10,68 mil megawatts (MW) de energia e os projetos seriam licitados até meados de 2010.De acordo com a Elebrás, a construção das unidades faz parte dos projetos no setor de energia com sustentabilidade, integrados às comunidades da Região Norte.A Eletrobrás estuda ainda a instalação de linhas de transmissão para integrar mais a Região Norte do país, por intermédio do chamado “Linhão”, ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Muniz antecipoua que a intenção da Eletrobrás é construir as novas unidades no chamado conceito de usina-plataforma – modelo proposto pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.O conceito prevê a instalação da hidrelétrica sem a infra-estrutura tradicional, como estradas e canteiros de obras com alojamentos, que atraem numerosa população para o entorno da obra.O presidente da Eletrobrás adiantou que a holding já apresentou os estudos do inventário do Rio Tapajós à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).Agora, a Eletrobrás vai negociar com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que os estudos e relatórios de impacto ambiental (EIA/Rima) possam ser concedidos ao mesmo tempo, nos moldes do que foi feito com as usinas do Complexo do Rio Madeira.
Na ocasião, José Antônio Muniz informou que a Usina de Belo Monte, também no Pará, com capacidade prevista para 11,18 mil MW, deve se aproximar ainda mais desse novo conceito de usina-plataforma.O executivo também anunciou a intenção da Eletrobrás de propor à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a inclusão, no planejamento estratégico do setor elétrico, da construção de três novas linhas de transmissão na Região Norte.Segundo ele, a primeira ligará Boa Vista (RR) - Manaus (AM), com 230 kV, para reforçar o atendimento ao estado de Roraima, hoje ligado por meio de conexão à Venezuela.Já a segunda também interligará Porto Velho (RO) a Manaus, reforçando o atendimento ao estado, enquanto a terceira linha pretende trazer para o Brasil a energia do conjunto das seis usinas que podem vir a ser implantadas no Peru.Muniz informou também que já foi iniciada a implantação de outra linha de transmissão - Tucuruí (PA) - Manaus (AM) - Macapá (AP).Em sua avaliação é “uma obra monumental, que possibilitará a integração com o Sistema Interligado Nacional (SIN), de modo a que, até 2012, não existirá mais o Sistema Isolado", disse, referindo-se ao isolamento do ponto de vista do abastecimento de energia elétrica de parte da Região Norte ao restante do país.

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