segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Mais de 700 pessoas esperam por transplante de rim no Pará, diz HOL

Mais de 700 pessoas esperam por um transplante de rim no Pará, de acordo com dados da  Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos Estadual (CNCDO), divulgados oficialmente pelo Hospital Ofir Loyola (HOL) no último domingo (21). As informações especificam que até o último dia 31 de agosto 770 pessoas estavam na fila do transplante, já que o estado realiza apenas cinco transplantes por mês, em média.

Em 2013 foram realizados 53 transplantes renais, destes 12 ocorreram intervivos e 41 com doadores falecidos, sendo 19 doadores de múltiplos órgãos. De janeiro a julho de 2014, foram realizados 29 procedimentos, nove intervivos e 20 com doador falecido, sendo 10 doadores de múltiplos órgãos. O estado realiza uma média de cinco transplantes renais por mês, no HOL.
No hospital, 160 pessoas são atendidas mensalmente no serviço de transplantes renais, que já existe há 14 anos. Atualmente, este procedimento também é realizado no Hospital Saúde da Mulher e Hospital Regional do Baixo Amazonas.
Um contrato foi firmado para a implantação da Organização de Procura de Órgãos (OPO), via Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), para que o número de transplantes aumente no Para. O serviço terá sede no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) e dará cobertura para hospitais de Belém e região.
Outra OPO será instalada em Santarém. Em 2013 foram realizados 53 transplantes renais, destes 12 ocorreram intervivos e 41 com doadores falecidos, sendo 19 doadores de múltiplos órgãos. De janeiro a julho de 2014, foram realizados 29 procedimentos, nove intervivos e 20 com doador falecido, sendo 10 doadores de múltiplos órgãos.
Ainda segundo dados da Central, o Hospital Metropolitano tem 98% dos doadores do estado, devido ao perfil de hospital de trauma. Mesmo o grande número de pacientes em espera, em 2012, o início dos transplantes intervivos no Hospital Público Regional do Araguaia, localizado em Redenção, contribuiu para o aumento de transplantes renais no Pará.
Transplante
A cirurgia dura de duas a três horas e consiste na transferência de um rim de um indivíduo doador, que pode ser vivo ou falecido (morte encefálica) para outra pessoa receptora. “O rim transplantado vai exercer a função de filtração do sangue, para que ocorra a produção de urina e, assim, restabelecer a qualidade de vida do paciente”, explica Ricardo Tuma, chefe do serviço no HOL.

Modalidade terapêutica de alta complexidade, o transplante de rim é considerado a mais completa alternativa de substituição da função renal. A finalidade do enxerto é compensar ou substituir uma função perdida para pacientes renais crônicos em fase terminal ou não, em diálise ou em fase pré-dialítica, portadores de diabetes mellitus e/ ou hipertensão arterial, ou outras nefropatias diversas que levem à Insuficiência  Renal Crônica (IRC).
De acordo com a legislação brasileira, a doação deve ser consentida ou autorizada pela família do potencial doador. Ou seja, a doação acontecerá somente com a autorização e participação da família (pais, avós, marido e esposa, filhos e irmãos). A falta de informação dos profissionais da saúde e a recusa familiar para a doação de órgãos ainda são empecilhos para o aumento no número de transplantes no estado.
Fonte: G1 Pará

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