quinta-feira, 24 de abril de 2014

Filha de piloto do bimotor encontrado, revela alívio e tristeza da família

"A gente fica, de certa forma, aliviada porque as buscas acabaram, mas infelizmente não terminaram da forma que nós gostaríamos que terminasse", comenta Jéssica Feltrin, filha de Luiz Feltrin, piloto do bimotor que foi encontrado nesta terça-feira (22) após passar mais de um mês desaparecido. As famílias das vítimas do acidente acompanham o resgate por meio das informações repassadas pelos militares que participam da operação. "A gente tem consciência de que o trabalho vai ser demorado e infelizmente a gente não pode fazer nada além de esperar. A nossa expectativa agora é que o trabalho termine e que a gente possa se despedir das pessoas que a gente ama", disse Jéssica.


O avião foi localizado a 20 quilômetros do município de Jacareacanga, em uma área de mata fechada. A operação de resgate das vítimas foi iniciada na manhã desta quinta (24) com a participação de equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Corpo de Bombeiros, e a previsão dos militares é de que o trabalho de remoção seja demorado e difícil.
"Todos os dias a coordenação liga pra gente pra passar o que tá acontecendo e estão sendo bem honestos com relação a demora do trabalho", comentou Jéssica, a respeito da relação com os militares que participam da operação, e repassam informações aos familiares das cinco pessoas que estavam no bimotor. As famílias já foram informadas pela FAB de que não há sobreviventes. “A gente tinha essa esperança sim, de que iriam encontrar. Quando chegou a notícia foi muito difícil”, conta Marília Esquerdo, esposa do piloto.
O avião foi localizado pelo garimpeiro Fausto Pereira. Do centro de Jacareacanga até o local onde o avião foi encontrado são 40 quilômetros de estrada de terra, sendo 28 pela rodovia Transamazônica e 12 por uma vicinal. A viagem dura cerca de uma hora.
O bimotor caiu de bico e ficou enterrado em uma área alagadiça. A única parte visível é a cauda do avião. No local, militares e voluntários abriram uma clareira para facilitar o acesso.  O trajeto é muito difícil, é uma área íngreme, com chão escorregadio e lama. É preciso se segurar nos galhos e troncos de árvores até chegar ao ponto exato da queda do avião.

Fonte: G1 Pará

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