terça-feira, 13 de maio de 2014

Caso Leda: MPE quer júri popular para suspeitos

O Ministério Público do Estado do Pará (MPE) ofereceu denúncia em desfavor de Dejaci Ferreira de Sousa e do advogado Altair dos Santos, suspeitos no triplo assassinato da advogada e procuradora de Itaituba Leda Marta Lucyk dos Santos, sua filha de 10 anos de idade e de uma funcionária da loja em que as vítimas foram mortas, em fevereiro deste ano.
A denúncia pede que os acusados sejam levados a julgamento em Júri Popular. A denúncia ocorreu por meio da 2ª promotoria de Justiça de Itaituba Magdalena Torres Teixeira. A manifestação preventiva e a denúncia foram ingressadas no dia 24 de abril.

O acusado Altair dos Santos, acusado de ser o mandante do crime, responde por homicídio qualificado por motivo fútil. Ele está em prisão preventiva no Centro de Recuperação Regional de Itaituba em sala de estado maior.
De acordo com a promotora Magdalena Torres, o responsável pelo triplo homicídio, Dejaci Ferreira está foragido e é conhecido na região por realizar “assassinatos por encomenda”. Ele responde por homicídio qualificado, “mediante paga ou promessa de recompensa”, “emboscada ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”.
A arma usada no crime, uma faca, foi encontrada em uma lixeira, próximo ao local em que as vítimas foram assassinadas. A arma foi apreendida e uma perícia foi realizada.
Entenda o caso
A procuradora, a filha dela, Hanna Estrela, e a funcionária Taynara Siqueira foram encontradas mortas por volta de 20h do dia 22 de fevereiro, dentro da loja de propriedade da advogada em Itaituba. Segundo a Polícia Civil, o homicídio aconteceu entre 8h e 10h. O crime chocou a população da cidade.

Os corpos foram encontrados por uma tia da funcionária da loja, que sentiu falta da sobrinha que costumava chegar cedo aos sábados e não estava atendendo o celular. Ao chegar à loja a tia viu os corpos e chamou os bombeiros. Peritos do Instituto Médico Legal foram até ao local para fazer a perícia e remoção dos corpos.
A polícia recebeu depoimento do ex-marido de Leda e do ex-namorado da funcionária. Na tarde de domingo (23), uma faca suja de sangue foi encontrada dentro de uma lixeira por populares, cerca de 60 metros do local do crime. A perícia foi até o local recolher o objeto que pode ter sido usado no crime.
Depois que o Instituto Médico Legal (IML) liberou o corpo da advogada, amigos próximos da vítima colegas de trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) prestaram homenagem em cortejo pela cidade.
Em seguida os corpos de Leda, que morava há mais de uma década na cidade, e da filha foram encaminhados para a cidade de Palotina, no estado do Paraná, cidade natal da advogada, em uma aeronave fretada pela prefeitura. O corpo da jovem Taynara foi para Fordlândia, no município de Aveiro.

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