sexta-feira, 25 de abril de 2014

Tempestade prejudica operação para retirar avião de área alagada

A Força Aérea Brasileira retomou, na manhã desta sexta-feira (25), a operação de retirada do bimotor encontrado em Jacareacanga, no sudoeste do pará. A operação de resgate do avião havia sido suspensa por conta de um temporal que atinge a região. Ainda não se sabe se, por conta do clima desfavorável, será possível retirar o avião que está enterrado em uma região pantanosa de difícil acesso no meio da mata. Até o momento não há confirmação de retirada de corpos, mas familiares das vítimas foram informados que o piloto e os quatro ocupantes do avião não sobreviveram.

Segundo o delegado de Jacareacanga, Lucivelton Santos, que acompanha a operação, a chuva atrapalhou o trabalho de resgate. "Hoje amanheceu chovendo aqui o que atrapalhou um pouco as buscas. Por volta das 10h30 a aeronave da FAB foi até o local, para dar continuidade ao resgate. Porém até agora nenhum corpo, nada foi retirado da aeronave. A FAB vai retirar a aeronave do local, para poder fazer a retirada dos corpos e dos objetos", disse.
A operação de retirada da aeronave que envolve militares e voluntários começou na quinta-feira (24). Um helicóptero da FAB transportou os equipamentos que estão sendo utilizados no trabalho de resgate da aeronave. Como o avião está submerso e apenas a cauda está visível, um instrumento chamado talha, que funciona como guindaste, deve içar o avião.
"Como é no meio da floresta é preciso de uma logística, tanto que o helicóptero da FAB está descendo o material de rapel", disse. "Hoje o trabalho continua. Se Deus quiser, vamos conseguir resolver esse problema para que os corpos sejam, com todo respeito, colocados nos sacos plásticos adequados, para serem transferidos para Jacareacanga e depois pra Itaituba, onde serão submetidos a exame de necropsia junto ao IML da cidade", disse o delegado.
Exército Jacareacanga (Foto: Divulgação/Ten. Coronel Helder Queiroz)
Exército participa da operação de resgate do avião
em Jacareacanga
(Foto: Divulgação/Ten. Coronel Helder Queiroz)
Entenda o caso

O bimotor desapareceu no dia 18 de março, após sair de Itaituba às 11h40 com 5 pessoas a bordo: o piloto Luiz Feltrin, as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, e o motorista Ari Lima.

A aeronave fez o último contato com a torre cerca de uma hora e vinte minutos após a decolagem. A causa do acidente está sendo investigada pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).
Segundo a FAB, a missão de resgate durou 35 dias e envolveu 50 militares. A FAB contabilizou mais de 230 horas de voo e a área coberta ultrapassou a 28 mil km² sobrevoados, equivalente a cinco vezes o território do Distrito Federal, utilizando um helicóptero H-60 Black Hawk, aeronaves P-95 Bandeirante Patrulha e SC-105 Amazonas, além da aeronave de patrulha P-3 AM. O mau tempo na região, especialmente a formação de nevoeiros, a cheia no Rio Tapajós e a vegetação dificultaram os trabalhos.
Fonte: G1 Pará

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