sábado, 22 de junho de 2013

Índios querem representante do Governo Federal no Pará

Cerca de 150 índios estão reunidos na praça central de Jacareacanga, no oeste do estado, na tarde deste sábado (22), para pedir a presença de um representante do Governo Federal no município. Esta é a condição para liberar os pesquisadores que estão sendo feitos reféns desde a última sexta-feira (21).


Segundo Edinaldo Sousa, superintendente de Polícia Civil da região do Tapajós, a mobilização dos indígenas se mantém pacífica. "Em momento algum os reféns chegaram a ser maltratados. Eles querem dialogar com um responsável pelas obras do projeto de implantação das usinas hidrelétricas de Jatobá e São Luís do Tapajós, que, segundo eles, passam por dentro da área da aldeia indígena", informou

Policiais da Superintendência Regional do Tapajós e da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) já estão em Jacareacanga acompanhando a mobilização de indígenas da tribo Munduruku.

Ainda neste sábado, o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Rilmar Firmino, e o superintendente da região do Tapajós deverão chegar ao município para acompanhar as negociações para liberação dos reféns.
Ainda de acordo com a polícia, os pesquisadores foram levados inicialmente para a aldeia Munduruku, e depois conduzidos para um barracão na praça central de Jacareacanga, onde normalmente os índios costumam se reunir.

Entenda o caso
Três pesquisadores de uma empresa terceirizada pela Eletrobrás são mantidos reféns por índios Munduruku desde a última sexta-feira (21), na cidade de Jacareacanga, no oeste do Pará. Segundo Valdenir Munduruku, umas das lideranças indígenas, os pesquisadores teriam sido encontrados no rio Tapajós, próximo a uma aldeia.

De acordo com nota divulgada no site do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) neste sábado (22), cerca de 25 pesquisadores foram retirados da terra indígena Munduruku pelos próprios indígenas, na última sexta (21) em Jacareacanga. Os técnicos estariam coletando amostras da fauna e flora da região para os estudos ambientais e de viabilidade das usinas hidrelétricas do rio Tapajós, que afetarão o território da etnia.

Fonte: G1

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