Cerca de 150 índios estão reunidos na praça central de Jacareacanga, no
oeste do estado, na tarde deste sábado (22), para pedir a presença de
um representante do Governo Federal no município. Esta é a condição para
liberar os pesquisadores que estão sendo feitos reféns desde a última sexta-feira (21).
Segundo Edinaldo Sousa, superintendente de Polícia Civil da região do
Tapajós, a mobilização dos indígenas se mantém pacífica. "Em momento
algum os reféns chegaram a ser maltratados. Eles querem dialogar com um
responsável pelas obras do projeto de implantação das usinas
hidrelétricas de Jatobá e São Luís do Tapajós, que, segundo eles, passam
por dentro da área da aldeia indígena", informou
Policiais da Superintendência Regional do Tapajós e da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) já estão em Jacareacanga acompanhando a mobilização de indígenas da tribo Munduruku.
Ainda neste sábado, o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Rilmar
Firmino, e o superintendente da região do Tapajós deverão chegar ao
município para acompanhar as negociações para liberação dos reféns.
Ainda de acordo com a polícia, os pesquisadores foram levados
inicialmente para a aldeia Munduruku, e depois conduzidos para um
barracão na praça central de Jacareacanga, onde normalmente os índios
costumam se reunir.
Entenda o caso
Três pesquisadores de uma empresa terceirizada pela Eletrobrás são mantidos reféns por índios Munduruku desde a última sexta-feira (21), na cidade de Jacareacanga, no oeste do Pará. Segundo Valdenir Munduruku, umas das lideranças indígenas, os pesquisadores teriam sido encontrados no rio Tapajós, próximo a uma aldeia.
Três pesquisadores de uma empresa terceirizada pela Eletrobrás são mantidos reféns por índios Munduruku desde a última sexta-feira (21), na cidade de Jacareacanga, no oeste do Pará. Segundo Valdenir Munduruku, umas das lideranças indígenas, os pesquisadores teriam sido encontrados no rio Tapajós, próximo a uma aldeia.
De acordo com nota divulgada no site do Conselho Indigenista
Missionário (Cimi) neste sábado (22), cerca de 25 pesquisadores foram
retirados da terra indígena Munduruku pelos próprios indígenas, na
última sexta (21) em Jacareacanga. Os técnicos estariam coletando
amostras da fauna e flora da região para os estudos ambientais e de
viabilidade das usinas hidrelétricas do rio Tapajós, que afetarão o
território da etnia.
Fonte: G1
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