Iniciou hoje (29.06) às oito da manhã, no
salão do Júri do Fórum da Comarca de Itaituba, o julgamento do empresário
Albenor Moura Sousa, réu confesso do assassinato e ocultação de cadáver do
advogado Raimundo Messias, mais conhecido como Dinho.
Vilão ou vítima? É a pergunta que não
calar. Mas, se vilão ou não, foi vitima de uma das mais macabras execuções já
registradas na história de crimes de Itaituba. E diga-se de passagem, palco de
diversos crimes hediondos e horrendos. Mas esse, com certeza, nunca cairá no
esquecimento.
O julgamento, com duração prevista para
três dias, num dos mais longos da historia do Judiciário em Itaituba possui nuances
que envolvem 14 volumes contendo laudos, declarações de testemunhas, pericias,
relatórios de esclarecimento dos fatos, enfim, um apanhado de situações que
condenam Albenor Moura, já réu confesso.
Segundo as informações veiculadas na
época, Raimundo Messias trabalhava como advogado para a Cooperativa de
garimpeiros de Ouro Roxo e em função de uma discórdia entre dois, por conta de
problemas que iniciou com a sub locação de um trator de propriedade do
empresário Ronaldo Moreira, os ânimos se acirraram levando ao assassinato de
Dinho.
Só pra lembrar, na época, Dinho estava
respondendo na condicional pelo assassinato do também advogado Valter Cardoso.
O que levanta suspeitas de que Dinho teria sido assassinado, não por conta da
falta de pagamento do trator negado pelos garimpeiros da cooperativa ao
empresário Albenor, como teria confessado, mas por queima de arquivo, já que o
empresário Moreira, também foi acusado como um dos mandantes da morte de Valter
Cardoso.
Se um crime tem ligação com o outro,
mais tarde se saberá. Mas, por enquanto o que rola é a historia da divida: o
empresário Albenor Moura, que era cobrado por Moreira (o proprietário do Trator)
e, por sua vez cobrava o advogado Raimundo Messias, que cobrava da cooperativa
que se negava a pagar por conta de falhas no motor do trator que, por sinal,
sumiu da jogada. O empresário Albenor devolveu o referido equipamento para o
empresário Moreira, mas durante a viagem teria se desprendido da balsa e
afundado no rio Tapajós.
O Crime - Com a desculpa de fazer as
pazes com Dinho, Albenor que soube através de rádio amador que o advogado
estaria num vôo oriundo da comunidade de São José, no dia 27 de setembro de
2003, foi até lá e o levou para sua casa. O Corpo de Raimundo Messias só foi encontrado
no dia 15 de novembro, no atual posto Equador, em estado de putrefação, após 50
dias de investigação realizada pela Polícia, capitaneada pelo então delegado
Gilberto Aguiar, atual Superintendente Regional do Baixo Amazonas.
Vários familiares, inclusive o advogado
Marcio Sousa, que é filho da vitima, além de amigos, acompanham pessoalmente o
julgamento presidido pelo Juiz Clayton Ney, após oito de
espera. Duas outras pessoas foram apontadas como envolvidas no assassinato. Uma
delas, Fabrício Albuquerque Maranhão, que morreu há dois anos e Miguel Lobo que aguarda julgamento em
liberdade.
O julgamento está previsto para terminar somente no
domingo que vem.
Espera se que o criminoso, mandante do crime
Albenor pague pelo crime hediondo que cometeu, pois independente de qualquer
coisa Dinho era um ser humano, que não acabe como o crime que vitimou Valter
Cardoso, qual os autores estão livre e impune. Justiça seja feita!
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