
Como não há consenso em torno dos pontos do relatório, houve quem
sugerisse uma votação de múltipla escolha para definir uma entre as 13
propostas catalogadas pela comissão para alterar o sistema eleitoral.
Assim, no primeiro momento, os deputados fariam sua escolha entre as
13 propostas e eliminariam a última colocada. Depois, repetiriam o
processo com as 12 restantes e novamente eliminariam a menos votada. Em
seguida, nova votação com as 11 remanescentes e assim por diante.
A sugestão foi apresentada pelo presidente do colegiado, deputado Almeida Lima (PPS-SE), e obteve apoio de outros parlamentares. “Se não consigo o ideal, vou tentar conseguir o possível”, justificou.
A sugestão foi apresentada pelo presidente do colegiado, deputado Almeida Lima (PPS-SE), e obteve apoio de outros parlamentares. “Se não consigo o ideal, vou tentar conseguir o possível”, justificou.
O Regimento Interno
da Câmara prevê que as votações desse tipo sejam feitas baseadas no
relatório, com a possibilidade de as divergências serem manifestadas em destaques
para votações em separado (DVS). Sob essa regra, o texto principal do
relatório de Fontana deveria ser votado e os pontos discordantes
avaliados individualmente, por meio de DVS.
A Secretaria Geral da Mesa, no entanto, informou que outras
possibilidades de votação, embora incomuns, são possíveis se houver
negociação política. O relator se manifestou contrário à alternativa e
defendeu a votação de seu relatório.
Sugestões para votação
Outro impasse na comissão, recorrente nas últimas reuniões, é motivado pela posição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rejeita qualquer negociação diferente da proposta de começar a votação da reforma política pelos temas que precisam ser aprovados por meio de proposta de emenda à Constituição (PEC).
Outro impasse na comissão, recorrente nas últimas reuniões, é motivado pela posição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rejeita qualquer negociação diferente da proposta de começar a votação da reforma política pelos temas que precisam ser aprovados por meio de proposta de emenda à Constituição (PEC).
“Só aceito acordo se começarmos a votação pelas PECs, porque se elas
forem rejeitadas não poderão voltar na forma de projetos de lei. O
relator quer votar seu texto, começando com o projeto de lei, porque ele
poderá colocar nas PECs os assuntos que perder”, avaliou Cunha.
Fontana rechaçou a tese e disse que prefere começar a votação pelos temas que não exigem maioria absoluta,
como o financiamento público de campanha, porque são mais fáceis de
serem aprovados. “A ideia de Eduardo Cunha tem a ver com sua vontade de
derrubar o financiamento público. Eu quero votar o projeto de lei porque
tem mais chance de ser votado, parece ser mais passível de ter
maioria”, justificou.
Eduardo Cunha afirmou que é favorável ao financiamento público de
campanha, desde que acompanhado pela lista partidária fechada para
eleições proporcionais. O relatório de Fontana prevê o financiamento
público exclusivo de campanha, mas não incorpora a lista fechada de
candidatos.
Leonardo Prado
Cobrança ao colegiado
O relator foi apoiado, entre outros, pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que cobrou uma posição da comissão depois de mais de um ano de debates. “Estamos escondendo as reais razões pelas quais perdemos tanto tempo. Não vamos chegar a consenso porque há posições que não estão sendo explicitadas. Vamos explicitar as divergências no voto", defendeu.
O relator foi apoiado, entre outros, pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que cobrou uma posição da comissão depois de mais de um ano de debates. “Estamos escondendo as reais razões pelas quais perdemos tanto tempo. Não vamos chegar a consenso porque há posições que não estão sendo explicitadas. Vamos explicitar as divergências no voto", defendeu.
O impasse fez com que o presidente da comissão não marcasse a próxima
reunião. “Ainda há muita energia entre as partes beligerantes e faremos
a convocação quando essa energia se reduzir”, disse Almeida Lima.
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