sexta-feira, 1 de maio de 2009

Carne suína bem cozida não transmite a gripe

O vírus da gripe é transmitido de pessoa para pessoa, mas o nome da doença acabou deixando muita gente preocupada com a carne de porco e sem necessidade nenhuma, como conta a repórter Mônica Sanches.

A linguiça e tudo que vem do porco estão fora de algumas listas de compras. “A gente fica com medo de comprar e consumir”, admitiu uma mulher.

Mas tem consumidor que continua fiel ao cardápio de sempre. “É só jogar na forma e saborear. Não vou deixar de comer jamais”, garantiu um homem.

A carne de porco do exterior é muito rara aqui. O Brasil produz o suficiente para abastecer todos os consumidores do país e é o quarto maior exportador do mundo. Mas os produtores já sentem dificuldades para fechar novos negócios lá fora e não querem ficar no prejuízo com essa doença.

“Não tem nenhum suíno infectado, não tem nenhum suíno doente. Nem no México, nem nos Estados Unidos”, afirmou Pedro de Carmargo Neto, da Associação Brasileira da Indústria de Carne Suína.

A gripe suína ganhou esse nome porque o vírus que ataca as pessoas é uma modificação genética do vírus que pode ser encontrado nos porcos. Entre as pessoas, a doença é transmitida, principalmente, por meio de tosse e espirro.

Lombinho, costelinha, pernil, quem aprecia sabe que essas carnes ficam saborosas num tempero especial e bem passadas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, ninguém até agora pegou esta gripe comendo carne de porco, porque, mesmo quando o animal está contaminado, o vírus não resiste ao cozimento.

O jeito brasileiro de cozinhar afasta ainda mais o perigo. Carne salgada, na panela quente de feijão. “A gripe suína não vai atrapalhar a feijoada de jeito nenhum! Sábado, feriadão, vamos comer feijoada lá em casa”, disse um consumidor. A receita sugerida por um cozinheiro também mata o vírus. “Com limão, alho, pimenta do reino”.

“Uma carne de porco bem passada elimina não apenas o vírus da gripe suína, mas qualquer outra bactéria, vírus, que possa eventualmente ter contaminado aquele alimento”, explicou o infectologista Roberto Medronho.





Jornal Nacional

Nenhum comentário:

Postar um comentário