Foto: Junior Ribeiro |
Nesta
segunda-feira (23) inicia, em Itaituba, no oeste do Pará, o Seminário
“Impactos, desafios e perspectivas dos Grandes Projetos na Bacia do Tapajós”. O
evento é promovido pelo Ministério Público do Pará por meio do Centro de Apoio
Operacional Cível (CAO Cível) e Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente
(Caoma) em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) por meio da
Clínica de Direitos da UFPA com apoio da Fundação Ford, Ministério Público
Federal e promotores de justiça locais. O Seminário segue até o dia 24 no
Parque de Exposição Hélio da Mota Gueiros. O foco principal são os impactos aos
municípios que compõem a Bacia- Santarém, Itaituba, Belterra, Placas, Aveiro,
Mojui dos Campos, Novo Progresso, Juruti, Jacareacanga, Rurópolis e Trairão.
O Grupo
de Trabalho (GT) da Bacia do Tapajós, criado em fevereiro de 2016 pelo MPPA,
tem como coordenadores gerais o CAO-Cível e o Caoma e como coordenadores
regionais as promotoras de Justiça Lílian Furtado e Ione Missae, que atuam nos
municípios. O público alvo são pessoas e instituições interessadas na discussão
dos impactos, desafios e perspectivas dos grandes projetos na região-
estudantes, professores e pesquisadores, órgãos dos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, movimentos sociais, povos e comunidades tradicionais.
O
credenciamento inicia às 8h, na segunda-feira (23), e a abertura oficial será
às 10h, com a presença do Procurador Geral de Justiça do Pará, Marcos Antônio
Ferreira das Neves e representantes do Governo do Estado, MPF, Justiça Federal
e Estadual, Clínica de Direitos Humanos da Amazônia/UFPA, Igreja Católica,
prefeitura de Itaituba, do Consórcio de Municípios do Tapajós, Assembleia
Legislativa do Pará e da OAB em Itaituba.
Além da
comunidade em geral, estarão representadas instituições e movimentos sociais
interessados na discussão dos impactos, além de estudantes, professores e
pesquisadores, órgãos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, povos e
comunidades tradicionais, como o representante do povo Munduruku, Juarez Saw
Munduruku, e Ageu Lobo Pereira, da comunidade Montanha Mangabal.
De acordo
com a promotora de justiça Lilian Braga, o Ministério Público viu a necessidade
de discutir com a população desses municípios sobre os impactos e informar
corretamente as populações. “Nossa intenção é qualificar a informação, para que
a comunidade possa se posicionar, acompanhar e intervir nos procedimentos. Já
temos presença confirmada de lideranças indígenas, quilombolas e outros,
inclusive de Altamira, que passou por processo semelhante. Precisamos
acompanhar o licenciamento e esse é o momento propício para a comunidade
discutir”, ressalta.
Grupos de
Trabalho
No segundo
dia do seminário três Grupos de Trabalhos (GTs) serão realizados, de 8h às 12h,
paralelo às mesas redondas. No GT1, será trabalhado o tema “Gestão pública e
grandes projetos”, com objetivo principal de debater com gestores públicos o
planejamento para gerenciar os efeitos diretos e indiretos que serão
vivenciados em razão dos grandes projetos de empreendimentos previstos para a
Bacia do Tapajós.
O tema do
GT2- “Grandes empreendimentos e pequenos empreendedores” vai promover diálogo
sobre o desenvolvimento local e arranjos econômicos a partir das perspectivas
de implantação de grandes projetos.
O GT 3
traz o tema “Violências & Conflitos urbanos e rurais”, para debater com o
Poder Público e sociedade civil os desafios para enfrentar e resolução
conflitos urbanos e rurais gerados por grandes projetos. No GT, serão abordados
temas como: violência urbana, êxodo rural, prostituição infantil, disputas
territoriais e de recursos naturais, dentre outros.
Confira AQUI a programação completa.
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