Nos últimos quatro anos, o investimento de quase R$ 11 milhões do governo do Estado no Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves colocou o Pará em pé de igualdade com outros grandes centros de perícias do país. Não à toa, o Estado tanto tem sido solicitado constantemente para estabelecer parcerias em trabalhos que requerem tecnologia de ponta e agilidade quanto para auxiliar na elucidação de casos mais complicados nos vizinhos Amazonas, Amapá e Roraima.
O CPC Renato Chaves consegue chegar, atualmente, a 80% dos 144 municípios paraenses. Para isso, conta com as unidades regionais de Castanhal, Marabá, Santarém e Altamira; e outros seis núcleos avançados: Bragança, Paragominas, Abaetetuba, Tucuruí, Itaituba e Parauapebas. “Essa descentralização representa, sobretudo, agilidade para resolver situações, quase sempre, acompanhadas de dor e sofrimento”, explica o diretor do CPC Renato Chaves, Orlando Salgado Gouveia, que trabalha como perito há 23 anos.
O investimento realizado pelo governo do Estado na instituição abrange as melhorias de condições de trabalho na capital e no interior, além da aquisição de equipamentos e tecnologia de ponta para agilizar o trâmite de investigações, a instauração de inquéritos policiais e, consequentemente, a elucidação de casos muitas vezes complicados até mesmo para as forças policiais. “Por isso que digo sempre: sem perícia eficiente, não há justiça”, complementa Orlando Gouveia.
Da ficção para a vida real - Um dos equipamentos mais modernos e interessantes nesse conjunto de tecnologia adquirido pelo CPC Renato Chaves é a chamada Maleta CSI - referência ao seriado de TV norte-americano que tem como mote a resolução de casos criminais complicados num curto período de tempo. A maleta é equipada com uma série de utensílios e reagentes químicos que permitem a realização de provas e testes comprobatórios ainda no local de crime. Dessa forma, é possível incluir provas importantes num inquérito policial antes mesmo que o caso chegue à Delegacia de Polícia Civil.
As luzes forenses são outra tecnologia que favorece a descoberta e consequente inclusão de provas importantes num inquérito policial a partir de exames realizados ainda no local do crime. “Essas luzes permitem, por exemplo, que manchas de sangue ou esperma sejam descobertas na cena do crime ainda que alguém tenha tentado apagá-las com uso de água ou outra substância”, explica o diretor do CPC, Orlando Gouveia.
Hoje, peritos paraenses ministram cursos em várias cidades do Brasil graças à agilidade na resposta alcançada pelo CPC Renato Chaves. Para cada 100 solicitações periciais recebidas via Polícia Civil e Ministério Público, 82 conseguem ser respondidas em tempo hábil pelo órgão. É o melhor índice de atendimento do país. “Hoje, o parque laboratorial e os equipamentos de ponta utilizados pelo CPC Renato Chaves colocam os serviços periciais do Pará entre os melhores do Brasil”, ressalta Orlando Gouveia.
Fonte: Agência Pará
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