quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Projetos do Pacto pela Educação do Pará promovem a inclusão digital

Criar uma cultura digital inclusiva com abrangência em todas as regiões de integração do estado do Pará. Essa é a abordagem da Secretaria de Estado de Educação, que, por meio do Pacto pela Educação do Pará, desenvolve projetos que usam Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na formação de cidadãos para atuar num mercado cada vez mais competitivo, ao mesmo tempo em que a melhoria da qualidade de vida é um compromisso coletivo.

Ao traçar um panorama geral do uso de tecnologias na educação no Estado, Paulo David, gerente de projetos de tecnologia da informação da Coordenadoria de Tecnologia Aplicada à Educação (Cetae), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), destacou o que considera o maior benefício da modernidade: "Incluir digitalmente não é apenas alfabetizar em informática, mas fazer com que o conhecimento adquirido sobre informática seja útil no desenvolvimento pessoal de professores, alunos e todos que fazem parte desse meio", disse ele, durante o seminário “Políticas Públicas de Inclusão e Cultura Digital”, no II Fórum Paraense de Tecnologias Sociais, realizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com a Rede Paraense de Tecnologias Sociais (RTS/ PA).
“Quando o assunto é cultura digital no processo educativo, apenas fornecer equipamentos modernos e tecnologias de ponta para as escolas definitivamente não promove inclusão digital. O essencial é ajudar o aluno a se posicionar na era digital que vivemos”. Foi assim que o professor Paulo David sintetizou sua apresentação. Para ele, não se pode perder de vista que o essencial é ajudar o aluno a se posicionar na era digital. "Mas é preciso capacitar os alunos para integrar tecnologia à sua vida e aos seus afazeres, no desenvolvimento de competências para melhorar a sua qualidade de vida" alerta, complementando que "O fundamental é ajudar o aluno a se desenvolver como ser humano".
O seminário também contou com a participação do secretário de Estado de Comunicação (Secom), Daniel Nardin, que apresentou as tecnologias estaduais para uma comunicação cidadã e anunciou a abertura de novos meios para que a população acompanhe as ações do Governo do Estado, como o aplicativo "Pará em Obras Mobile".
Projetos
"O uso das tecnologias na educação está, hoje, no Pacto Pela Educação do Pará, um programa resultado de um esforço integrado de diversos setores do governo, sociedade civil, ONGs, iniciativa privada, organismos internacionais, liderados pelo Governo do Estado, visando melhorar a qualidade da educação pública no Pará", explicou.
Com o Sistema Educacional Interativo (SEI), projeto que expande, para todo o Pará, a formação continuada de professores, de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de gestores da rede pública de ensino, o Pacto pela Educação fará com que o uso de TICs alcance todas as regiões de integração do Estado. "Já aprovado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o SEI corresponde à transmissão de sinais de TV digital, baseado em comunicação via satélite e internet banda larga", informa David.
O Sistema estabelecerá a comunicação a partir de uma central com 300 pontos de recepção em escolas nos 144 municípios com interatividade e três unidades móveis (terrestre e fluvial) para atender localidades que não estejam com pontos fixos de recepção.
"O princípio básico desse sistema é a interatividade. As funcionalidades e aplicações do sistema são a transmissão de TV digital, difusão, multiponto por TV digital via satélite e internet banda larga com os recursos de timeshifted TV (TV deslocada no tempo). As aulas e a programações poderão ser revistas e o sistema conta com recursos como a videoconferência, o chat, a visualização coletiva de aplicativos, e a transmissão de áudio e vídeo,” explica.
Já o projeto Conteúdos Digitais na Escola, que visa pesquisar, desenvolver e disseminar o uso de conteúdos digitais na rede pública de ensino do Pará é outra das iniciativas na vertente de uso das tecnologias da comunicação e informação (TICs) como ferramentas pedagógicas, item de base para o Pacto pela Educação do Pará. Apresentado por Paulo David, "O projeto dinamiza o ensino e a aprendizagem mediante o uso das tecnologias disponíveis na escola.”
Mídia e inclusão
Já o projeto Rádio Escola, desenvolvido pelo NTE Belém desde 2011, e que passou, em 2014, a contar com a parceria da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), também esteve entre as ações apresentadas durante a participação da Seduc no II Fórum Paraense de Tecnologias Sociais. Desenvolvido por professores radialistas, o projeto Rádio Escola incentiva educadores a utilizar o rádio como práticas didático-pedagógicas para promover a inclusão social e digital de alunos da rede estadual de ensino. Em três meses foram realizadas oito oficinas do Rádio Escola, atendendo a cerca de 180 alunos e 34 professores de 18 escolas.
A tecnologia também pode melhorar a qualidade e as condições de trabalho dos professores e, em consequência, a sua prática pedagógica. "Há algum tempo, nós tínhamos dificuldade em relação a esse uso da tecnologia com os professores das escolas porque parecia uma barreira para eles, por não serem nativos digitais e encontrarem nativos digitais como alunos", afirma Paulo David. Mas isso está mudando: "Os professores estão cada vez mais utilizando essas tecnologias, porque percebem que seus alunos necessitam desse apoio para se desenvolverem integralmente", conclui.
O fórum é aberto a instituições de ensino e pesquisa, universidades, sociedade civil, ONGs, espaços científico-sociais e prefeituras, e enfatiza as tecnologias sociais (TS) como proposta inovadora de construção de soluções tecnológicas, não padronizadas e de baixo custo. Participam do Fórum empresas com interesse em ciência, tecnologia e inovação, órgãos governamentais e a sociedade em geral. O Fórum segue até esta quarta-feira (26), no Centur e no auditório da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).

Fonte: Agência Pará

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