De acordo com a senadora Ana Amélia (PR-RS), autora do requerimento, a ideia é debater com escritores, professores de língua portuguesa e até representações diplomáticas dos países lusófonos de que forma esse acordo pode ser posto em prática. A senadora chegou a defender que as academias de língua portuguesa dos demais países avaliassem as alterações.Os integrantes da Comissão de Educação (CE) aprovaram, nesta terça-feira (2), requerimento para a realização de uma série de audiências públicas sobre a efetiva implantação do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O acordo entraria em vigor no Brasil em 1º de janeiro de 2013, mas o início da vigência foi adiado para janeiro de 2016, por decreto da presidente Dilma Rousseff. Parte dos países lusófonos, como Portugal, é contrária às mudanças propostas para a unificação.
O presidente da CE, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), aproveitou para mais uma vez refutar que o Senado esteja tentando reformar a língua portuguesa, como chegou a ser veiculado na imprensa e disseminado pelas redes sociais.
- Não somos autores de tal projeto nem queremos nenhuma reforma. Queremos disciplinar o acordo que torna homogêneas as línguas lusófonas. Nós estamos, sim, querendo disciplinar um acordo que houve desde 1990 para a homogeneização das línguas lusófonas, que são os dez países que integram a CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] – declarou.
O cronograma das audiências públicas e os nomes dos convidados ainda serão definidos.
Também será realizada audiência pública para debater a possibilidade de construção de uma base curricular nacional comum.
Agência Senado
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