
O automóvel apanhou a moto Honda Bros por trás. A primeira a ficar no trajeto do atropelamento foi Márcia, que teve fraturas em ambas as pernas e agonizava no chão. Marcelo foi arrastado por cerca de doze metros. O carro ainda chegou a atingir uma mangueira já fora da pista, antes de supostamente passar por cima do corpo da vitima, que ficou desacordada no chão. Outra testemunha informou que a mulher que conduzia o veículo ficou atordoada e não conseguia abrir a porta. “Foi quando chegou um ‘cara’ gordo e abriu a porta na marra. Ele pegou a mulher, botou numa Saveiro prata e foram embora”, disse.
Ambulâncias do Samu e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para o local e deram o primeiro atendimento às vítimas. Um numeroso grupo de curiosos logo se formou na pista, e duas guarnições da Polícia Militar tiveram que controlar o tráfego para evitar um novo acidente.
O primeiro a ser conduzido foi Marcelo da Silva, mas, segundo a socorrista Ana Cleide, o homem não resistiu á violência do choque e morreu antes de chegar ao hospital. “Na confirmação do óbito, o doutor Antonio Augusto, de plantão no Pronto Socorro, disse que ele teve um Trauma Crânio-Encefálico (TCE) gravíssimo. Fizemos o que nos foi possível, mas, infelizmente, foi mais uma vida de um pai de família que transito louco de Itaituba tirou”, lamentou a socorrista. Márcia Nobre foi levada às pressas para avaliação médica e, segundo as últimas informações, já na madrugada de terça-feira, ela não corria mais risco de morte.
Foi o segundo acidente fatal em Itaituba em apenas três dias. No último sábado, o jovem Edgar Flávio, filho do empresário “Silvério do Popular”, morreu vítima de atropelamento na Estrada do Bis. As mortes estão acontecendo em todos os lugares. Em rodovias, estradas, ruas, travessas e avenidas. São situações que poderiam ser evitadas, mas falta um detalhe importantíssimo na maioria dos casos: bom senso, conscientização e, principalmente, a valorização da vida.
Imagens: Weslen Reis; Edição:Rubson Vieira
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