terça-feira, 22 de abril de 2014

Marinha reforça buscas por bimotor desaparecido a mais de 30 dias

Foto: Clemison Silva
A Marinha do Brasil irá reforçar as buscas pelo bimotor desaparecido desde o dia 18 de março em Jacareacanga, no sudoeste do Pará, com cinco pessoas a bordo. Uma equipe está a caminho do município e utilizará um sonar, capaz de encontrar destroços no fundo do rio. O trabalho deve começar ainda na quarta-feira (23), assim que os militares chegarem ao município.
De acordo com a Marinha, o equipamento saiu da base aérea do Rio de Janeiro direto para o município de Jacareacanga. Ao total, 12 homens da Marinha vão participar das buscas, sendo quatro do Serviço de Sinalização Náutica do Norte, de Belém, e oito militares da Capitania Fluvial de Santarém, eles vão subir o rio Tapajós até Jacarecanga.

Como se trata de uma localidade distante, a previsão é que a equipe da Marinha chegue nesta quarta-feira (23) pela manhã e comece os trabalhos nas águas no mesmo dia.
Avião P-95 Bandeirante Patrulha faz parte da busca aérea à aeronave desaparecida no Pará (Foto: Divulgação/FAB)
Avião P-95 Bandeirante Patrulha faz parte da busca
aérea à aeronave desaparecida no Pará
(Foto: Divulgação/FAB)
FAB utiliza nova aeronave

Desde a semana passada, a FAB, que comanda as buscas pelo bimotor, utiliza um avião P-95 Bandeirante Patrulha da Força Aérea Brasileira nos trabalhos.  O P-95 se juntou às buscas no sábado (13). “Com mais uma aeronave, vamos poder ampliar a área de buscas”, explica o Tenente Danilo Alves, do Salvaero Manaus, órgão que coordena as buscas.

Até agora, um helicóptero H-60 Blackhawk e aviões SC-105 Amazonas e P-3 Orion da FAB voaram 203 horas na missão. Agora, cada voo do P-95 poderá chegar a até 7 horas e 30 minutos de duração.
Entenda o caso

O bimotor Beechcraf Baron decolou do aeroporto de Itaituba às 11h40 do dia 18 de março e sumiu 1h20 depois de o piloto ter feito o último contato pelo rádio. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) realiza buscas na região. Além das buscas aéreas, voluntários, que incluem moradores de Jacareacanga, funcionários do Distrito Sanitário Indígena e indígenas da tribo Munduruku fazem buscas diárias na mata.

O Ministério da Saúde divulgou o nome das pessoas que estavam a bordo: as técnicas de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, o motorista Ari Lima, além do piloto Luiz Feltrin.
Uma das passageiras chegou a mandar mensagens de celular avisando que o avião passava por problemas. No primeiro SMS, enviado às 12h47, a técnica em enfermagem Rayline Campos avisava o tio Rubélio Santos sobre o perigo que enfrentava. "Tio to em temporal e um motr parou avisa a mae q amo muit tods ...to aflita..to em pânico...se eu sair bem aviso...to perto do jkre...reza por nos...n avisa a tia ainda... (sic)", dizia a mensagem. No segundo torpedo, emitido às 12h48, a passageira pediu socorro. "O motor ta parando.socorro tio tio (sic)."
Um avião P-3 Orion, com capacidade de identificar metais, o mesmo modelo usado nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines foi deslocado para ajudar nas buscas.
De acordo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a situação da aeronave desaparecida, de matrícula PR-LMN, estava regular. A Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) estavam em dia.
Fonte: G1

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