A diretora da Escola de Ensino Técnico, a EETEPA, de Itaituba, Ana Maziles, acompanhava a revolta dos alunos e professores da instituição depois do acidente que vitimou a jovem Raimunda Matos Santos, de 19 anos de idade.
Foi pouco depois das sete horas da noite de segunda-feira, quando Raimunda ia de moto para a escola quando aconteceu o acidente. O trecho da rodovia Transamazônica, em frente ao Parque de Exposições, é estreito e mal iluminado. Uma guarnição da Polícia Militar foi mobilizada para o local e levantou que a caminhonete (Chevrolet S10 HRR-9262) trafegava em direção ao centro da cidade quando fez uma ultrapassagem em alta velocidade, apanhando a moto (Honda Biz OFN-3810) na pista contrária.
A polícia também foi informada de que o motorista da caminhonete parou o carro a uma distancia de cem metros e retornou ao local onde estava o corpo da moça e depois abandonou o veículo. As condições da caminhonete e a moto destruída dão uma ideia da violência do choque. Com fraturas múltiplas pelo corpo e comprometimento de órgãos internos, a jovem Raimunda Matos não resistiu e morreu no local.
O corpo foi conduzido para o Hospital Municipal e, em seguida, submetido a exame de necropsia na unidade do IML. Parentes e amigos, além de um numeroso grupo de estudantes da EETEPA, foram prestar solidariedade à família da jovem, que era estudante do curso de Agronegócio da EETEPA.
Em menos de dois meses, foi a quarta morte registrada em acidente violento no trecho urbano da rodovia Transamazônica, média de uma morte a cada quinze dias. A primeira delas foi do sargento Wilson Rosa Cajado nos últimos dias de junho. Em seguida, um outro acidente e duas mortes. Na segunda quinzena de julho, pai e filha morrem de forma violenta em frente à unidade do IML. Agora, uma jovem de dezenove anos tem a vida interrompida de forma chocante e brutal. Por mais que as pessoas que conhecem o trecho da rodovia tentem explicar essa sequência de tragédias, ninguém consegue.
Fonte: Tapajós em Foco
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