O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,
declarou nesta segunda-feira (17) que a inflação, medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência
para o sistema de metas de inflação do governo federal, vai desacelerar
em 2013. Entretanto, ele não citou números.
"A inflação será menor no ano que vem que em 2012. Uma série de fatores
que apóiam essa visão, entre moderação da evolução dos salários em 2013
ante 2012, o crescimento do crédito em nível moderado em relação ao
passado. E temos algumas medidas que foram tomadas que terão implicações
diretas sobre inflação nos próximos meses. O cenário internacional teve
melhora, mas cresce abaixo do crescimento histórico dos últimos anos.
Não há cenário inflacionário vindo do exterior", declarou Tombini.
De acordo com o presidente da autoridade monetária, também está
prevista aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. "O
Brasil tem todas as condições de retomar uma trajetória econômica mais
forte do ponto de vista financeiro (...) Em relação à economia, vemos
indicadores como o PIB apresentando retomada. A indicação para o ano
[que vem] é da economia ganhando velocidade", declarou Tombini a
jornalistas.
Cenários para a inflação e PIB
Tombini lembrou que as estimativas do BC para a inflação, em 2013 e 2014, serão divulgadas na próxima quinta-feira (20), por meio do relatório de inflação do quarto trimestre deste ano. No fim de setembro, o BC estimou que o IPCA somaria 5,2% neste ano e que ficaria um pouco abaixo de 5% em 2013.
O mercado financeiro, que têm previsões mais recentes, já estima um
IPCA de 5,60% para este ano e de 5,42% para 2013. Pelo sistema de metas
que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as
metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA.
Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um
intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para
baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta
seja formalmente descumprida.
Para o crescimento do PIB, a estimativa do mercado, para este ano, é de
1% e, para 2013, a expansão prevista é de 3,40%. De acordo com o
relatório de inflação de setembro, o BC prevê uma expansão da economia
de 1,6%, mas este número pode ser revisado na próxima quinta-feira. A
autoridade monetária ainda não divulgou sua estimativa para o
crescimento do próximo ano. O Ministério da Fazenda espera uma alta
acima de 4%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário