Um consorcio teria sido
criado possivelmente por donos de garimpos e já teria arrecado R$ 200 mil pela
cabeça do Deputado Federal Dudimar Paxiúba (PSDB-PA), o motivo seria a denuncia
feita pelo parlamentar na tribuna da câmara federal em Brasília, sobre a
garimpagem ilegal na região do tapajós.
Na manhã de sábado, 17,
o conceituado jornalista de Itaituba Weliton Lima, apresentador do Programa
Circuito Aberto da TV Tapajoara- SBT- canal-7, entrevistou o Deputado Federal
Dudimar Paxiúba (PSDB-PA). Na entrevista Dudimar falou de diversos assuntos, entre
eles, a garimpagem na região e ameaça de morte.
Repercussão de seu
discurso: Dudimar, disse na entrevista que seu pronunciamento foi muito bem
claro, sobre a garimpagem na região do tapajós, quando denunciou a extração
ilegal de Ouro na região, principalmente pelas Dragas no leito do Rio Tapajós e
pelas PCs em áreas de preservação ambiental, disse ainda que não tem nada haver
com a operação ‘Eldorado’ realizada pela PF no Pará a mais 06 estados focando a
extração ilegal de ouro.
‘Irresponsável’: Essa
foi à palavra usada pelo deputado Dudimar para definir algumas pessoas que
teriam interpretado de forma maldosa seu discurso, um dos nomes citado por
Dudimar foi do vereador eleito de Jacareacanga Walter Tertulino
(http://tertulino.blogspot.com.br/) que estaria interpretando seu discurso de
uma forma maldosa, outro nome citado pelo parlamentar foi do vereador de
Itaituba Peninha que estaria com o mesmo do Walter.
Suborno: Perguntado por
Weliton Lima sobre uma tentativa de suborno- Dudimar foi enfático em sua
resposta, dizendo ter recebido uma proposta de alguns garimpeiros para que o
mesmo deixasse de cobrar a regularidade dos garimpos na região, ou seja, ficar
de ‘boca fechada’, mas segundo ele não deu muita atenção para tal proposta,
proposta essa, que seria de uma área, aonde algumas pessoas iriam trabalhara
para retirar o ouro, caso ele aceitasse, não precisaria que o parlamentar se
deslocasse ate ao local, bastaria mandar uma pessoa de sua confiança receber
certa quantia do minério valioso.
Ameaça de morte:
Segundo Dudimar, o alerta foi feito pelo comandante do 15ª Batalhão da Policia
Militar de Itaituba, coronel Julimar e pelo coronel Josafá comandante do CPR-X.
O alerta vindo dessas duas autoridades do município teria lhe preocupado, tendo
que tomar algumas precauções, uma delas solicitar uma proteção da policia
federal para ele e sua família, mas o pedido teria sido negado.
Dudimar, disse que,
teme pela segurança de sua família, mas a única informação concreta sobre as
ameaças foi uma gravação, onde uma pessoa pergunta, por que o Dudimar ainda
esta vivo? E que estaria sendo feito um consorcio para assassina-lo, o montante
já arrecada seria de R$ 200 mil e o serviço não seria feito no município de
Itaituba e sim em uma de suas viagens a Brasília.
Fonte: Blog do Junior Ribeiro
Discursos e Notas
Taquigráficas
CÂMARA DOS DEPUTADOS – DETAQ.
Sessão: 272.2.54.O Hora: 15:54 Fase: PE
Orador: DUDIMAR PAXIUBA,
PSDB-PA Data: 17/10/2012.
O SR. DUDIMAR PAXIUBA
(PSDB-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Deputados, gostaria de esclarecer de uma vez por todas que não sou contra a
garimpagem como, maldosamente, tentando esquivar-se de suas responsabilidades,
elevam-se algumas vozes, quase sempre as mesmas, que teimam em flertar com a
ilegalidade. É bom registrar que já fui garimpeiro na década 80 e sou,
portanto, exímio conhecedor de todo o processamento da atividade extrativista
mineral desenvolvida na região do Tapajós.
Registro também que tenho
inúmeros amigos garimpeiros. Entretanto, prevalecerão sempre o interesse
coletivo, o respeito e o cuidado com o meio ambiente e recursos naturais, bens
preciosos oferecidos pelo planeta. A principal motivação de minha preocupação é
o fato de nossas reservas naturais estarem sendo depredadas com uma rapidez
impressionante.
Condeno o garimpo
predatório, que considero uma prática pré-histórica. Defendo intransigentemente
uma exploração mineral organizada, com respeito às leis ambientais,
recolhimento dos impostos devidos e geração de emprego, como ocorre em outras
regiões.
Atrevo-me a dizer que o
garimpo predatório pode até fomentar o contrabando de nossas riquezas minerais.
Não venham alguns paladinos da verdade, com o intuito de confundir a opinião
pública, defender a garimpagem ilegal, colocando-a como algo benéfico para
Itaituba, quando na realidade não o é.
A sociedade itaitubense
espera que a garimpagem ilegal e predatória seja definitivamente proibida,
dando lugar a uma garimpagem realizada dentro dos padrões gerais da legislação,
pois já pagamos um preço altíssimo, até com vidas, e temos um passivo ambiental
incalculável.
Chegou a hora de
moralizarmos as atividades econômicas no Município de Itaituba, começando pela
garimpagem. Sr. Presidente, solicito a V.Exa. o registro na íntegra do meu
pronunciamento nos Anais da Casa e sua divulgação nos meios de comunicação da
Câmara dos Deputados e no programa A Voz do Brasil. Muito obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO
PELO ORADOR!!!
Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Deputados, volto a abordar desta tribuna tema relativo à garimpagem no Rio
Tapajós. Na sessão de segunda-feira, dia 15, manifestei preocupação com a forma
como se tem desenvolvido a atividade garimpeira no Município de Itaituba, especialmente
a garimpagem realizada com a utilização de balsas e dragas escariantes,
diretamente no leito do Rio Tapajós.
Gostaria de esclarecer de
uma vez por todas que não sou contra a garimpagem como, maldosamente, tentando
esquivar-se de suas responsabilidades, elevam-se algumas vozes, quase sempre as
mesmas, que teimam em flertar com a ilegalidade. É bom registrar que já fui
garimpeiro na década de 80 e, portanto, sou exímio conhecedor de todo o
processamento da atividade extrativista mineral desenvolvida na região do
Tapajós.
Registro também que tenho
inúmeros amigos garimpeiros. Entretanto, prevalecerão sempre o interesse
coletivo, o respeito e o cuidado com o meio ambiente e recursos naturais, bens
preciosos oferecidos pelo planeta. A principal motivação de minha preocupação é
o fato de nossas reservas naturais estarem sendo depredadas com uma rapidez
impressionante. É importante ressaltar que os garimpeiros, em muitos casos, são
também vítimas da garimpagem ilegal.
Algumas pessoas enriquecem
com a desgraça dos chamados escavadores da terra. Quem banca a garimpagem
ilegal passa sempre incólume, prevalecendo-se do discurso de que esse tipo de
garimpagem é a única saída para a combalida economia do Município de Itaituba.
Discordo desse ponto de vista. Entendo que há, sim, alternativas econômicas
consonantes com o Estado Democrático de Direito.
Condeno o garimpo
predatório, que considero uma prática pré-histórica. Defendo intransigentemente
uma exploração mineral organizada, realizada com respeito às leis ambientais e
o recolhimento dos impostos devidos e geração de emprego, como ocorre em outras
regiões. Atrevo-me a dizer que o garimpo
predatório pode até fomentar o contrabando de nossas riquezas minerais.
O que vemos são alguns
paladinos da verdade, com o intuito de confundir a opinião pública, defender a
garimpagem ilegal como algo benéfico para Itaituba, quando na realidade não o
é. Creio que devemos lutar para garantir
a sobrevivência do planeta e, consequentemente, a nossa sobrevivência. Essa é a
nossa obrigação; esse é o nosso dever. E só conseguiremos atingir esses
objetivos se conservarmos os recursos naturais. Sou, portanto, defensor
intransigente do desenvolvimento sustentável.
Há necessidade de
consolidarmos no Município de Itaituba um novo modelo de desenvolvimento,
sustentável, o que pressupõe a construção de alternativas para a utilização dos
recursos, orientada pela racionalidade ambiental. Tenho observado que a
destruição da natureza, base da vida, com a contaminação e degradação de nossos
ecossistemas, cresce vertiginosamente, razão pela qual é imperioso reduzir o
impacto ambiental para chegarmos, preferencialmente em curto prazo, a um
desenvolvimento ecologicamente equilibrado.
Sou consciente de que o
extrativismo mineral é responsável por parte significativa da economia privada
do Município de Itaituba. Entretanto, como explicar o fato de o Município nada
arrecadar em decorrência da produção aurífera? Tem-se que admitir, portanto,
que os órgãos competentes não mantêm o controle devido e necessário sobre as
atividades desse setor produtivo.
A sociedade itaitubense
espera que a garimpagem ilegal e predatória seja definitivamente proibida,
dando lugar a uma garimpagem realizada dentro dos padrões gerais ditados pela
legislação, pois já pagamos um preço altíssimo, até com vidas, e temos um
passivo ambiental incalculável. Chegou a hora de moralizarmos as atividades
econômicas no Município de Itaituba, começando pela garimpagem. Solicito a
divulgação do presente pronunciamento nos meios de comunicação da Câmara dos
Deputados e no programa A Voz do Brasil.
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