Revelação irá abafar escândalo de filme de pedofilia que
vem assombrando sua vida e carreira durante décadas?
Por Julio Severo
No Fantástico de domingo (20), Xuxa
alegou que sofreu abusos sexuais na infância. Segundo ela, supostamente, foram três homens.
Sua declaração forte trouxe uma alta em sua imagem num
momento em que sua carreira já não tem o brilho que tinha antes. O brilho tem
sido cada vez mais ofuscado por um sombrio esqueleto em seu armário: Em 1982
ela fez o papel principal do filme “Amor estranho amor”, que contém cenas de
pedofilia explícita em que ela seduz um menino.
Qualquer homem moralmente são teria dificuldade de
visitar uma casa onde o pai permite que sua filha de oito, dez ou doze anos
ande “ao natural”. Não chega a ser “fora do normal” um lar com nudez descarada
produzir abusos sexuais. É um ambiente produtor de tentações.
Tais lares, além de tornarem suas crianças vulneráveis
aos oportunistas sexuais, não veem nada de errado em revistas pornográficas.
Xuxa não só tinha essa visão, mas também chegou a posar
nua para várias revistas pornográficas, inclusive a mais famosa, a Playboy.
O que era “natural” para ela acabou também virando fonte de renda.
Mesmo com esse histórico moralmente turbulento, ela
acabou entrando no mercado infantil, com um programa primeiramente na TV
Manchete e depois na TV Globo, onde dançarinas mirins com trajes curtos e a
garotada garantiram para ela e para a TV Globo IBOPE e audiência. Ela passou de
coelhinha da Playboy à rainha dos baixinhos.
É uma carreira infantil de sucesso alicerçada em
assombrações pornográficas e pedofílicas.
Ela não era, é claro, o exemplo ideal para as crianças.
Mas o mundo imundo da TV tem valores inversos de uma família que protege os
filhos com valores morais.
Durante o governo de Lula, Xuxa encabeçou a campanha
nacional “Não Bata, Eduque!”, lançada por Lula em Brasília. A campanha, de modo
ostensivo, buscava a criminalização de pais e mães que aplicam castigos físicos
como disciplina para o mau comportamento dos filhos.
Xuxa mostrou sua rebelião a esse mundo com limites para
as crianças. Talvez ela anseie um mundo onde as crianças possam tranquilamente
andar livres dentro de casa — livres de roupas — e assim estar mais preparadas
para ver com naturalidade o sexo e a revista Playboy.
Mas a experiência de uma infância sem limites e sem
roupas não trouxe felicidade para a menina Xuxa. Trouxe, pelo que alega ela,
estupros. E trouxe, pelo que mostra seu currículo, seu estrelato num filme de
pedofilia explícita e participação em revistas pornográficas.
Em todas essas décadas, Xuxa jamais reclamou de ter
sofrido peso na consciência pela óbvia incoerência entre sua vida no mercado
pornográfico e no mercado infantil. O que importava, talvez, fosse obter
dinheiro, fosse de qual fosse a procedência.
Na entrevista ao Fantástico, Xuxa se queixa de um
pai ausente, mas quando ela teve oportunidade de fazer diferença na sua vida,
ela escolheu ter uma filha sem um pai. Ela determinou que a figura do pai
ficasse ausente da vida de sua filha.
Depois de sua recente confissão de abuso sexual na
infância, Xuxa deveria abandonar seu ativismo contra os direitos dos pais
disciplinarem seus filhos e imporem limites — inclusive o uso de roupas —
neles. Abuso e violência não é impor limites nos filhos, conforme hoje
esbraveja Xuxa com sua campanha anti-pais, mas a falta de limites.
Seu ativismo agora deveria se limitar aos malefícios da
nudez dentro de casa, de como essa prática torna as crianças presas fáceis de
pedófilos, do sexo casual e da pornografia.
O ativismo dela deveria também incluir uma campanha de
alerta para que os pais bloqueiem toda pornografia em seus lares.
E ela poderia também aproveitar e aparecer novamente no Fantástico para
pedir perdão às famílias e crianças do Brasil pelo filme “Amor estranho amor”,
onde ela mesma, já adulta consciente e com fome de grana, fez descarada
propaganda pró-pedofilia.
Fonte: www.juliosevero.com
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