sexta-feira, 17 de junho de 2011

Uma história de superação, pioneirismo e fé

Missionários Danile Berg e Gunnar Vingre
Foram os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg que deram início à história da Assembleia de Deus no Pará. Os dois aportaram em Belém no dia 19 de novembro de 1910. Vinham dos Estados Unidos. Já eram membros ativos da Igreja Batista em terras norte-americanas. Começaram em Belém frequentando a mesma igreja, mas traziam também a doutrina do batismo no Espírito Santo, o fenômeno conhecido como glossolalia, que consiste em falar línguas estranhas sob a influência do espírito, algo que já vinha sendo testemunhado em alguns templos nos Estados Unidos.
Essas características acabaram por dividir opiniões na capital paraense. Houve quem aderisse e houve quem rejeitasse. O radicalismo de alguns, no entanto, fez com que, em duas assembleias, os adeptos do novo pentecostalismo fossem desligados.
O que poderia ser o fim foi apenas um começo. No dia 18 de junho de 1911, os fiéis afastados fundaram uma nova igreja. A princípio, batizaram-na de Missão da Fé Apostólica, um nome já utilizado em Los Angeles, embora sem maiores vínculos com a americana.
Foi Celina de Albuquerque, oficialmente a primeira pessoa a ser batizada na nova igreja, quem abrigou os primeiros cultos da recém-criada doutrina evangélica. O nome Assembleia de Deus só foi adotado no dia 18 de janeiro de 1918, uma sugestão do pioneiro Gunnar Vingren, seguindo uma ideia de quatro anos antes, quando surgiram igrejas com essa denominação nos Estados Unidos.
Do Pará, a igreja espalhou-se Brasil afora. Primeiro pelo Amazonas, depois seguindo para o Nordeste. Em 1922, chegou ao Sudeste do país, por intermédio de retirantes paraenses. “A Assembleia de Deus não é uma igreja metropolitana. Ela não está só onde está o resultado econômico. É importante dizer isso, porque ela é maior do que os indivíduos. Eu sirvo agora, mas outros serviram antes de mim e outros servirão depois. Não temos centralização de qualquer forma, seja política ou econômica. A autonomia da igreja está acima de qualquer órgão”, resume o pastor Samuel Câmara, atual presidente da Assembleia de Deus no Pará. 

Diário do Pará

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