O apoio de Almir Gabriel a Domingos Juvenil no primeiro turno da eleição governamental, e agora a Ana Julia, é a mais perfeita tradução da máxima de Tocqueville: "Na política, os ódios comuns são a base das alianças. "
Não há que se falar em incoerência na atitude de Almir, pois ele se manteve fiel ao seu ódio: Simão Jatene.
Não se deve cogitar incoerência na atitude de Ana Júlia, pois ela apenas faz um movimento tático no afã de vencer uma eleição que se lhe mostra perdida.
No clamor da batalha, e toda eleição é uma guerra, não há tempo suficiente para avaliar cenários iminentes: lança-se mão de qualquer arma com a qual se possa apontar ao outro lado do front. Se o tiro que dispara a arma é de festim, ou se esta sequer dispara, só se descobre ao apertar do gatilho.
Foi esta a eventualidade enfrentada pelo PMDB ao recepcionar Almir Gabriel em apoio a Domingos Juvenil. O passado do ex-governador autorizava uma conclusão, que mais tarde se mostrou precipitada, ou, mal conduzida.
Em que pese a boa vontade e a resolução de Almir no embate, a sua exposição na campanha revelou efeito eleitoral nulo, pois a sua participação se resumia a um discurso desconexo de destilação de bílis contra Jatene e Ana Júlia, que por ele eram tratados por adjetivos chulos e apelidos de mau gosto, causando constrangimento na assistência e na audiência.
Almir Gabriel, talvez, não tendo logrado êxito naquela primeira tentativa de impedir Simão Jatene de marchar rumo ao Palácio dos Despachos, se deveria ter retirado do cenário, para resguardar o pouco que sobrou de um passado rico em reminiscências que ele proporcionou ao povo do Pará: a vendeta que o acossa, todavia, corrói-lhe a auto-estima de tal modo, que derrotar Jatene passou a ser a sua própria razão de subsistir na política paraense.
Se o PT pretende enganar a si mesmo, achando que Almir Gabriel poderá ser uma inflexão eleitoral na campanha, que empunhe o fato como ultimo estertor de uma atabalhoada gestão.
Se Almir Gabriel ensimesma que poderá vir a fazer a diferença na pantomima na qual se engendrou, deixou que o ódio lhe cegasse a capacidade intuitiva de avaliação de si mesmo, o que é a pior espécie de prevenção mental.
Prefiro, todavia, intuir que o ex-governador apenas deseja usar o PT para, por mais 15 dias, ter a oportunidade de falar mal de Jatene, o que, de alguma forma, deverá lhe aliviar o coração: jamais apazigua-lo, pois a vendeta que ele curte se transformou em um rancor eterno.
Não há que se falar em incoerência na atitude de Almir, pois ele se manteve fiel ao seu ódio: Simão Jatene.
Não se deve cogitar incoerência na atitude de Ana Júlia, pois ela apenas faz um movimento tático no afã de vencer uma eleição que se lhe mostra perdida.
No clamor da batalha, e toda eleição é uma guerra, não há tempo suficiente para avaliar cenários iminentes: lança-se mão de qualquer arma com a qual se possa apontar ao outro lado do front. Se o tiro que dispara a arma é de festim, ou se esta sequer dispara, só se descobre ao apertar do gatilho.
Foi esta a eventualidade enfrentada pelo PMDB ao recepcionar Almir Gabriel em apoio a Domingos Juvenil. O passado do ex-governador autorizava uma conclusão, que mais tarde se mostrou precipitada, ou, mal conduzida.
Em que pese a boa vontade e a resolução de Almir no embate, a sua exposição na campanha revelou efeito eleitoral nulo, pois a sua participação se resumia a um discurso desconexo de destilação de bílis contra Jatene e Ana Júlia, que por ele eram tratados por adjetivos chulos e apelidos de mau gosto, causando constrangimento na assistência e na audiência.
Almir Gabriel, talvez, não tendo logrado êxito naquela primeira tentativa de impedir Simão Jatene de marchar rumo ao Palácio dos Despachos, se deveria ter retirado do cenário, para resguardar o pouco que sobrou de um passado rico em reminiscências que ele proporcionou ao povo do Pará: a vendeta que o acossa, todavia, corrói-lhe a auto-estima de tal modo, que derrotar Jatene passou a ser a sua própria razão de subsistir na política paraense.
Se o PT pretende enganar a si mesmo, achando que Almir Gabriel poderá ser uma inflexão eleitoral na campanha, que empunhe o fato como ultimo estertor de uma atabalhoada gestão.
Se Almir Gabriel ensimesma que poderá vir a fazer a diferença na pantomima na qual se engendrou, deixou que o ódio lhe cegasse a capacidade intuitiva de avaliação de si mesmo, o que é a pior espécie de prevenção mental.
Prefiro, todavia, intuir que o ex-governador apenas deseja usar o PT para, por mais 15 dias, ter a oportunidade de falar mal de Jatene, o que, de alguma forma, deverá lhe aliviar o coração: jamais apazigua-lo, pois a vendeta que ele curte se transformou em um rancor eterno.
A Foto é de David Alves
Texto Blog do Parsifal
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