Após mais de uma hora de exposição, o ministro Gilmar Mendes votou, no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), contra a aplicação da Lei Ficha Limpa nas eleições 2010, durante o julgamento do registro de candidatura de Joaquim Roriz ao Distrito Federal. O julgamento já dura mais de cinco horas e meia.
No início de seu discurso, Gilmar Mendes afirmou que o fato de a lei ser de iniciativa popular não garante legitimidade. “Muitas vezes tem que se contrariar aquilo que a opinião publica vê como a salvação. Se a iniciativa popular tornasse inútil a nossa atividade, melhor fechar o Supremo”, afirmou.
De acordo com o portal de notícias G1, as declarações de Mendes animaram os cabos eleitorais de Roriz, que até então estavam calados na frente do STF. Agora, são dois votos a favor de Roriz e quatro contra.
Com isso, as divergências no STF sobre a lei voltam a se tornar nítidas. Os ministros iniciaram uma discussão sobre a interpretação do artigo 16 da Constituição Brasileira.
Os ministros Cármen Lúcia, Ayres Britto e Ricardo Lewandowski estão visivelmente incomodados com o voto de Mendes. Ayres Britto e Lewandowski conversam o tempo todo sobre os argumentos de Mendes. Eventualmente, Britto interfere na leitura.
(Diário Online, com informações do G1)
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