A aliança entre PT e PMDB no Pará virtualmente acabou. Aos poucos, o desembarque peemedebista do governo Ana Júlia vai se tornando mais visível, com a entrega de cargos em vários escalões. A debandada mais recente foi protagonizada por todos os diretores do Ofir Loyola - à frente o presidente do hospital, médico João de Deus - e pelo diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), Lívio Assis, que integram a cota peemedebista e resolveram entregar os cargos.
Ao romper virtualmente com o governo Ana Júlia, o PMDB vai deixando como herança um rastro de terra arrasada na administração petista de Ana Júlia. O PMDB deixa para trás denúncias de corrupção, mais de 100 assessores especiais indicados e a inércia de órgãos como a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), que não conseguiu melhorar o abastecimento de água, apesar dos mais de R$ 80 milhões anunciados de investimento, e a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), que mantém Francisco das Chagas Melo, deputado estadual licenciado de Ananindeua, aliado do prefeito Helder Barbalho (PMDB).
Logo que entrou no governo, o PMDB mostrou a que veio. Uma das primeiras denúncias envolveu Halmélio Sobral, então secretário de Saúde e com estreitas ligações com o ex-deputado José Priante, presidente municipal do PMDB e primo de Jader Barbalho, deputado federal e presidente regional da legenda.
Halmélio, que logo viraria ex-secretário, foi alvo de ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal, que denunciou seguidas contratações de bens e serviços sem licitação, precedidas de dispensa irregular de licitação, com a suspeita de grave lesão aos cofres públicos.
Além de Halmélio Sobral, foram denunciados também Paulo Roberto Cardoso Massoud, diretor Administrativo, e Antonio Marcial Abud Ferreira, presidente da Comissão Permanente de Licitação da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa). O Ministério Público, na ação, afirma que as ilicitudes foram praticadas em detrimento de verbas federais provenientes do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e todas descobertas com base em extratos de dispensa de licitação publicados no próprio Diário Oficial do Estado.
ADEPARÁ
Outro braço peemedebista que entrou no turbilhão de suspeitas foi a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), que repassou em três convênios o total de R$ 1,441 milhão para o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária no Pará, sob a justificativa de combate da febre aftosa no Estado.
O fundo recebeu os recursos em 2007, mas o governo do Estado disse que não sabia o que tinha sido feito com o dinheiro, porque não houve prestação de contas, segundo Tereza Cordovil Corrêa, auditora-geral do Pará. O presidente do fundo disse que encaminhou as prestações de contas dos convênios ao Tribunal de Contas do Estado, que analisou a documentação, vasta em notas fiscais. Uma das notas apontou gastos de R$ 21 mil com o aluguel de veículos, enquanto outra, de um
restaurante de Belém, revelou conta de R$ 4 mil. E ainda houve nota fiscal indicando a compra de 150 projéteis para arma calibre 38.
No final das contas, os auditores do governo do Estado apontaram uma série de irregularidades nas despesas da Agência. Segundo eles, a Adepará pagou R$ 140 mil por uniformes antes mesmo de serem entregues e ainda gastou mais R$ 83 mil em obras que nunca foram feitas.
A auditoria mostrou que, em 2007, as despesas com diárias na agência passaram de R$ 1,2 milhão. O então presidente da agência, Rubens Brito, viajou a Paris e gastou R$ 12,5 mil. Segundo a auditora-geral do Pará, Tereza Cordovil Corrêa, a viagem foi feita sem autorização da governadora Ana Júlia Carepa.
MORTES
Na Santa Casa, o caos vitimou quase 300 recém nascidos. O índice de mortalidade em junho de 2008 foi de 21,7%, bem acima do considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é 15%. Foram 54 óbitos só em junho. As mortes de bebês recém-nascidos na maior maternidade pública do Pará revelaram as péssimas condições no atendimento da unidade.
Em junho do ano passado, o Ministério Público (MP) começou a investigar o caso. O Sindicato dos Médicos do Pará afirmou, à época, que vinha denunciando as mortes de bebês há um ano, mas nenhuma providência foi tomada. O diretor do sindicato, Luiz Sena, desabafou: "Não sabemos mais a quem recorrer". Enquanto que a secretária estadual de Saúde, Laura Rosseti, do alto escalão peemedebista, classificou o caso como uma "fatalidade".
Ao romper virtualmente com o governo Ana Júlia, o PMDB vai deixando como herança um rastro de terra arrasada na administração petista de Ana Júlia. O PMDB deixa para trás denúncias de corrupção, mais de 100 assessores especiais indicados e a inércia de órgãos como a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), que não conseguiu melhorar o abastecimento de água, apesar dos mais de R$ 80 milhões anunciados de investimento, e a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), que mantém Francisco das Chagas Melo, deputado estadual licenciado de Ananindeua, aliado do prefeito Helder Barbalho (PMDB).
Logo que entrou no governo, o PMDB mostrou a que veio. Uma das primeiras denúncias envolveu Halmélio Sobral, então secretário de Saúde e com estreitas ligações com o ex-deputado José Priante, presidente municipal do PMDB e primo de Jader Barbalho, deputado federal e presidente regional da legenda.
Halmélio, que logo viraria ex-secretário, foi alvo de ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal, que denunciou seguidas contratações de bens e serviços sem licitação, precedidas de dispensa irregular de licitação, com a suspeita de grave lesão aos cofres públicos.
Além de Halmélio Sobral, foram denunciados também Paulo Roberto Cardoso Massoud, diretor Administrativo, e Antonio Marcial Abud Ferreira, presidente da Comissão Permanente de Licitação da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa). O Ministério Público, na ação, afirma que as ilicitudes foram praticadas em detrimento de verbas federais provenientes do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e todas descobertas com base em extratos de dispensa de licitação publicados no próprio Diário Oficial do Estado.
ADEPARÁ
Outro braço peemedebista que entrou no turbilhão de suspeitas foi a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), que repassou em três convênios o total de R$ 1,441 milhão para o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária no Pará, sob a justificativa de combate da febre aftosa no Estado.
O fundo recebeu os recursos em 2007, mas o governo do Estado disse que não sabia o que tinha sido feito com o dinheiro, porque não houve prestação de contas, segundo Tereza Cordovil Corrêa, auditora-geral do Pará. O presidente do fundo disse que encaminhou as prestações de contas dos convênios ao Tribunal de Contas do Estado, que analisou a documentação, vasta em notas fiscais. Uma das notas apontou gastos de R$ 21 mil com o aluguel de veículos, enquanto outra, de um
restaurante de Belém, revelou conta de R$ 4 mil. E ainda houve nota fiscal indicando a compra de 150 projéteis para arma calibre 38.
No final das contas, os auditores do governo do Estado apontaram uma série de irregularidades nas despesas da Agência. Segundo eles, a Adepará pagou R$ 140 mil por uniformes antes mesmo de serem entregues e ainda gastou mais R$ 83 mil em obras que nunca foram feitas.
A auditoria mostrou que, em 2007, as despesas com diárias na agência passaram de R$ 1,2 milhão. O então presidente da agência, Rubens Brito, viajou a Paris e gastou R$ 12,5 mil. Segundo a auditora-geral do Pará, Tereza Cordovil Corrêa, a viagem foi feita sem autorização da governadora Ana Júlia Carepa.
MORTES
Na Santa Casa, o caos vitimou quase 300 recém nascidos. O índice de mortalidade em junho de 2008 foi de 21,7%, bem acima do considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é 15%. Foram 54 óbitos só em junho. As mortes de bebês recém-nascidos na maior maternidade pública do Pará revelaram as péssimas condições no atendimento da unidade.
Em junho do ano passado, o Ministério Público (MP) começou a investigar o caso. O Sindicato dos Médicos do Pará afirmou, à época, que vinha denunciando as mortes de bebês há um ano, mas nenhuma providência foi tomada. O diretor do sindicato, Luiz Sena, desabafou: "Não sabemos mais a quem recorrer". Enquanto que a secretária estadual de Saúde, Laura Rosseti, do alto escalão peemedebista, classificou o caso como uma "fatalidade".
O Liberal
o PMDB foi só uma das causas do eventual fracasso do Governo Ana Julia. juntam-se a ele os "capas pretas" da DS (teóricos e academicistas - Aspones e Sepones) que ocupam cargos de gestão de governo e, prinicpalmente, a maneira fria com a qual o movimentos sociaIs e suas causas (que sempre foram causas petistas)foraram tratados por esse governo até então. ainda há tempo para uma virada de mesa... só depende da Senhora, Governadora!!!REPACTUAÇÃO DE GOVERNO e COMPROMISSO COM OS MOVIENTOS SOCIAIS JÁ!!!!
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