Itaituba foi a primeira cidade da região do Tapajós a receber a CPI da Pedofilia, pelo expressivo número de casos desta modalidade de crimes investigados pelos deputados que integram a comissão. Segundo levantamento do Ministério Público Federal, o município reúne vergonhosos 60% dos casos registrados em toda a região Oeste do Estado, e só perde, em números, para a capital paraense, Belém.
O relator da CPI, Deputado Arnaldo Jordy, do PPS, presidiu a audiência que também teve a presença de um juiz, promotores de Justiça, vereadores de Itaituba e representantes do município de Aveiro. Presença de destaque entre as autoridades foi a delegada Cristiane Lobato, da Seccional de Polícia do Comércio, em Belém, autora da solicitação da prisão preventiva do irmão da governadora do Estado, também pela acusação de envolvimento em pedofilia.
A Comissão de Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, acompanha o desenvolvimento dos trabalhos da CPI. Segundo Irmã Henriqueta Cavalcante, representante da Conferência, a iniciativa do Legislativo do Estado pode ser considerada uma ferramenta de resgate da confiança da população no efetivo combate à impunidade. A CPI investiga casos de pedofilia em todo o Estado. Durante a audiência realizada em Itaituba, foram ouvidas diversas pessoas, entre mães de menores molestadas pelos criminosos e até um caso em que o filho denunciou o próprio pai. Bruno Fonseca disse que o filho dele foi molestado pelo avô o Sr Irajá Fonseca, e chegou a chocar o plenário e os próprios membros da CPI, que declaram solidariedade, se dispondo a ouvir o acusado, no caso de ele se apresentar no prazo dado pelo relator.
Em Itaituba, três empresários estão sendo procurados pela Justiça.
Miguel, que tinha um bar na frente da cidade, o antigo Marancangalha, Menezes e Carlos Roberto, mas conhecido como Bat Girl.
Eles foram denunciados por envolvimento em casos de corrupção de menores ocorridos entre 1995 e 97. Os três respondiam ao processo em liberdade e foram julgados pela Justiça e condenados, respectivamente a 36, 30 e 16 anos de prisão.
Com informaçoes do Blog Tapajonica
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