Com o nível do rio Tapajós muito cheio, trabalhadores já sentem dificuldades na hora de pescar. Nas comunidades de várzea de Santarém, a maioria das casas foi invadida pela água.
Ribeirinhos foram obrigados a deixar tudo para trás e esperar o fim das chuvas na cidade. Mas a solução para um problema é a dor de cabeça para outro. Longe da comunidade, os pescadores não tem como capturar o pescado para vender na feira.
E mesmo aqueles que arrumam um jeitinho afirmam que a situação está difícil. Janderson Rego teve que se separar da família. Com a casa alagada, a mulher e os filhos vieram para Santarém e ele preferiu ficar na comunidade para tentar garantir o ganha pão, mas a saída não adiantou. 'Coloca a malhadeira na água e não pega peixe. Fica muito difícil pra gente', disse.
Outro que sofre com as consequências das chuvas é o pescador Hélio Gomes. Ele é da comunidade Costa do Tapará e afirma que a cheia dificulta muito a pesca. 'Tá demais cheio e como não dá de pescar lá, às vezes a gente tem que comprar pra revender aqui'. O reflexo do problema para o consumidor se dá na falta de espécies típicas da época.
De acordo com a direção da Colônia de Pescadores Z-20, a situação só será normalizada quando o nível da água baixar.
ORM
Nenhum comentário:
Postar um comentário