terça-feira, 4 de novembro de 2008

Temperânça no casamento

Paciência é uma virtude que deve fazer parte do cotidiano.
Muitos são os casais cristãos que deixam seu relacionamento se desgastar ao ponto de até mesmo chegar ao fim. Porém, a paciência é uma virtude que irá ajudar quando alguma situação não for bem. Podemos compará-la ao um lubrificante que evita um grande aquecimento quando os problemas provocam atrito entre os parceiros. As escrituras Sagradas mostram no livro de Tiago um bom conselho quando ele escreveu: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus" (Tiago 1:19-20). A paciência é aquela qualidade que permite a uma pessoa suportar com calma e serenidade uma situação que não é desejável, lembrando que Deus orienta que se tenha longanimidade como diz em (Gálatas 5:22; Efésios 4:2; Colossenses 3:12).O pastor Josué Valandro Junior, da Igreja Batista Central da Barra da Tijuca (RJ), cita uma orientação do livro de Provérbios (14.29), o qual diz que a pessoa que se mantém calma é sábia mas a que facilmente a perde não tem juízo. “Na verdade, o que tem acontecido é a falta deste juízo. As pessoas acabam deixando que a paciência vá embora e o contrário da paciência será a ira. Então, é preciso que dentro de casa se venha exercitá-la porque não existe um casamento sem problemas, dificuldades ou dessabores”, afirma. O pastor fala também sobre saber controlar esta ira. “Primeiro será preciso reconhecer o problema e resolver dominar o sentimento. No livro de Provérbios (16.32), a Bíblia mostra que mais vale ter paciência do que ser valente. É melhor ter que se controlar do que controlar cidades inteiras”, orienta ele. Pastor Josué também chama a atenção para outro ponto, que é reconhecer as conseqüências de não se prevenir a ira. “Muitas vezes um cônjuge impaciente gera uma discussão e faz com que o outro fale coisas que ele mesmo não precisava ouvir. Acontece do marido irado, dizer frases que vai se arrepender mais tarde. Porém, já disse, magoou, plantou uma semente ruim”.Segundo pastor Valandro, outra necessidade ao controlar a ira é decidir antes de reagir. Em Provérbios (29.11) diz: “O tolo mostra toda a sua raiva mas, quem é sensato se cala e a domina”. A pessoa deve ser sensata e se perguntar por que está com raiva. O que ela quer ter de verdade nesse relacionamento? Vale a pena mostrar esta raiva? Gritando ela vai conseguir o que quer? Xingando vai ter? A psicóloga e sexóloga cristã Marluce Nery concorda com a opinião do pastor. “A temperança no casamento é fundamental. O nome já diz: moderação, distância de qualquer excesso, comedido, e o bom tempero revela delicadeza, condimento, aquele que guarda sobriedade. O relacionamento dentro de um casamento precisa ser adubado com bom tempero, porque se trata de dois mundos diferentes em sua fisiologia, sentimentos, emoções, histórico familiar, raça, cultura entre outros”, esclarece a especialista.Para ela, em situações de conflito, é necessário calar-se. Afinal, este será o melhor momento para refletir no que se pode dizer ao outro sem que a palavra seja dura e machuque seriamente o cônjuge, pois muito do que se diz na hora da raiva, não é verdade e faz vir a tona sentimentos camuflados de mágoa até mesmo de situações conflitivas mal resolvidas no passado familiar infância e adolescência, que não condizem com a realidade do casal.De acordo com Marluce, é bom trazer de volta à memória o lado positivo do relacionamento e lembrar do momento em que se sentiu atraído pelo parceiro. “É preciso muito mais que paciência para enfrentar as diferenças. Encorajar um ao outro e fazer um esforço consciente para assegurar que o parceiro se sinta valorizado”, ressalta.Pastor Josué diz ainda que um casamento sem paciência está morto e muitos líderes perdem seus casamentos por isso. Porque estão acostumados a orientar, dominar, mas existem momentos em que é preciso suportar uma palavra mal dada e pensar que a impaciência vai lhe trazer um prazer momentâneo, porque será ordenado o seu desejo mas, irá acabar com um lar devido as suas conseqüências.

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