segunda-feira, 29 de julho de 2013

Garimpeiro Janjão: ”Ainda vejo no ouro o futuro de Itaituba e região do Tapajós”

Garimpeiro Janjão
Garimpeiro Janjão
A garimpagem do Tapajós, após longa trajetória em sua produção, ganha novo componente que é o alto investimento em pesquisa e tecnologia. Mesmo com as controvérsias e os impasses das PLGS que atualmente estão “travando” um processo mais dinâmico na sua produção, isto muito mais que obstáculos têm servido de desafios a serem superados.

Desafios e um olhar diferenciado sobre o futuro dessa economia que ainda representa mais da metade do dinheiro que circula na região, tem sido a meta constante do garimpeiro Janjão, que com o sucesso de sua exploração aurífera abandonou a atividade empresarial (ramo de confecções e locação de motos) que tinha em Itaituba para se dedicar exclusivamente a garimpagem.


Janjão homenageado no dia do garimpeiro (21 de Julho)
Janjão homenageado no dia
 do garimpeiro (21 de Julho)
Mas consolidar um investimento de sucesso não foi tarefa das mais fáceis. Sem capital de giro suficiente para explorar ouro, Janjão como é mais conhecido, “na cara e na coragem” iniciou seu primeiro ciclo de exploração no Garimpo São Bento (o nome do garimpo é uma homenagem a sua cidade natal, São Bento, no Maranhão) numa atividade que perdurou 1977 a 1993 (documentado de acordo com a legislação mineral do País). Como um autêntico guerreiro que abre pausa numa luta, João Raimundo de Barros (Janjão) deu uma parada para retornar dessa vez com mais estrutura, já que iniciou com apenas três pares de máquina.

A determinação do ex-empresário no ramo de confecções e de locação de motos deu certo, Janjão, de forma estratégica como investidor visionário, com sua produção aumentando consideravelmente, no segundo ciclo de exploração adquiriu máquinas PCS se adequando ao novo ciclo de exploração com uso dessas máquinas, e para facilitar sua interação com Itaituba e região em sua infraestrutura, com duas aeronaves.

Garimpo São Bento com alto investimento em PCS“Cheguei em 1976, de São Bento, do Maranhão, lá trabalhava como agricultor, vim ao Pará passando por Tomé Açu, onde trabalhei com o fazendeiro Jovino dos Reis Botelho, de diarista, tropeiro, empreiteiro e juquireiro”, disse Janjão.

João Raimundo de Barros que sintetizou acima sua jornada de saída do estado do Maranhão chegou ao nosso Estado ainda jovem, com 20 anos, com a cabeça cheia de sonhos e o coração repleto de esperança. Janjão diz que estudou somente na escola da vida, sendo aprovado com louvor na disciplina “Sofrimento e soube como vencer dificuldades”.

Sobre essa página virada em sua vida Janjão diz não ter nenhuma receita pronta, mas acredita que a fé em Deus seja a principal alavanca para quem quiser, como ele, galgar os diversos degraus da vida e se tornar um autêntico vencedor em qualquer ramo de atividade.

Fonte: RG 15/O Impacto e Nazareno Santos

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