O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira que, com a possibilidade de unificar os vestibulares das universidades federais por meio de uma prova nacional do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), os alunos poderão escolher até cinco cursos e ampliar suas chances de ingressar em instituições de ensino superior.
A idéia do governo é permitir que o estudante faça apenas uma prova do Enem, em substituição ao atual vestibular, para ingressar em definitivo na universidade. A partir da nota conseguida no exame, o aluno deverá definir, em ordem de prioridade, os cursos que gostaria de freqüentar.
O próximo passo é garantir que o estudante acompanhe, em um sistema online, como está a concorrência entre os alunos e eventualmente possa alterar suas opções a fim de garantir a entrada em alguma instituição de ensino.
Como a expectativa do governo é que as vagas em universidades de maior renome sejam preenchidas em primeiro lugar, os demais alunos deverão, com base na notas que tiraram no Enem, procurar instituições de ensino que tenham menores notas de corte e, portanto, os aceitem. Eventuais empates nas notas no Enem deverão ser resolvidos pelas próprias universidades, que definirão se aplicarão nova prova, utilizarão entrevistas ou ainda outros métodos para escolher o candidato.
As mudanças ainda estão em fase de discussão, mas o Ministério da Educação garante que ampliará os recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnas) para fortalecer o apoio de transporte, alimentação e moradia para os alunos que, com suas notas no Enem, só conseguirem vagas em universidades em outros estados.V "Já existe o Plano Nacional de Assistência Estudantil, mas há uma legítima preocupação de instituições que vão receber alunos de todo o país para que possam ter reforçada sua rubrica de assistência estudantil. Queremos não só garantir o ingresso, mas a conclusão da graduação", explicou o ministro Fernando Haddad. "A (atual) dotação de R$ 200 milhões será em qualquer hipótese reforçada em 2010, mas estamos dispostos a dar um esforço suplementar para quem aderir (à prova única do Enem como forma de ingresso)", disse.
"(O aluno poderá escolher) até cinco cursos de instituições distintas e pode escolher cursos diferentes. Ele disputa a vaga sabendo a sua nota (no Enem). Terá que hierarquizar as preferências e a partir daí avaliar onde poderá ingressar. (Caso veja que não tem chances de entrar em uma universidade específica) poderá reformular as cinco opções mesmo depois de já feitas (as primeiras opções de curso)", afirmou Haddad.
Para garantir o aperfeiçoamento das propostas de ingresso nas universidades federais e nas futuras provas do Enem, o Ministério da Educação anunciou também que irá criar um comitê de governança com ampla representação de secretários estaduais de educação e de reitores para discutir mudanças nas próximas edições no Enem.
A idéia original é que o exame unificado do Enem contenha uma redação e quatro grupos de provas, envolvendo linguagens, códigos e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e matemáticas e suas tecnologias. A prova completa teria 50 itens de múltipla escolha a serem respondidos em dois dias de avaliação e poderá ser colocada em prática ainda em 2009.
Diário do Pará
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