segunda-feira, 6 de abril de 2009

Adolescentes desconhecem como funciona pílula do dia seguinte

Apesar de o Ministério da Saúde disponibilizar a pílula do dia seguinte como um dos métodos para prevenir a gravidez na adolescência, na prática os jovens não conseguem tirar proveito desse recurso. Eles esbarram na falta de preparo de profissionais da saúde, que deveriam dar orientações.
O dado é resultado de um estudo ainda em andamento feito pela Faculdade de Saúde Pública da USP, que ouviu 300 adolescentes paulistas entre 12 e 20 anos e 60 profissionais da saúde para investigar a percepção desse público sobre o método. Para 8,3% dos profissionais entrevistados ela serve como abortivo. "Muitos são contra porque desconhecem que ela não provoca um aborto", diz Fernando Lefèvre, um dos coordenadores do estudo.

A pílula --que impede a fertilização do óvulo pelo espermatozoide-- deveria ser prescrita pelo médico e ingerida até 72 horas após a relação sexual desprotegida. "Esse tempo é praticamente insuficiente para marcar uma consulta ou procurar orientações mais detalhadas", observa Lefèvre. Por isso muitos jovens recorrem às farmácias e acabam seguindo recomendações de balconistas.

O estudo também revelou que a grande maioria dos jovens entrevistados é a favor da pílula, mas eles também não conhecem bem seu funcionamento. Para 30% dos homens e 45,26% das mulheres ela serve simplesmente para evitar uma gravidez. Apenas 17,14% deles e 13,36% delas dizem que esse método só deve ser usado em situações de emergência ou de sexo inseguro.

Os resultados ainda são preliminares e servirão de base para a construção de um programa educativo multimídia.

Folha

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