quinta-feira, 26 de março de 2009

Assembléia Munduruku discute demandas da população indígena

A assembléia anual dos índios munduruku começou terça-feira (24). Trata-se da vigésima edição com pautas voltadas às questões indígenas como educação e saúde. O evento está sendo realizado na Missão de São Francisco, no rio Cururu, a mais de 800 quilômetros, em linha reta, de Itaituba, bem próximo à divisa com o Estado do Amazonas. É neste ambiente de rituais e discussões que atravessaram os séculos, junto com a cultura dos povos indígenas desta parte do Pará, que está acontecendo o evento, um dos mais importantes do calendário anual dos povos da floresta.
A saúde sai na frente entre as discussões com efeito na Assembléia. Em seguida, vem a educação, que destaca o projeto Etno-Desenvolvimento, lançado no ano passado pela Funai. Também serão discutidos assuntos ligados à proteção das terras demarcadas ou pretendidas pela Fundação, que se preocupou em dar apoio logístico à assembléia, que encerra sexta-feira (27)..
A reserva indígena Mundurukânia está situada na ligação de três estados, Pará, Matogrosso e Amazonas. É uma área equivalente aos estados do Piauí e São Paulo, juntos, mais de um milhão e cem mil quilômetros quadrados, recheados de problemas, que prejudicam o bem-estar dos indígenas. Um deles é a crescente invasão de garimpeiros, madeireiros, caçadores e pescadores predatórios, assuntos também eleitos para serem discutido na Assembléia.

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