terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Justiça manda bloquear bens de prefeito de Jacareacanga e outros nove réus

A Justiça determinou a indisponibilidade de bens de dez réus, incluindo o atual prefeito de Jacareacanga, Raimundo Batista Santiago, e ex-vereadores do município devido ao desvio do dinheiro destinado ao abastecimento de veículos oficiais da Câmara de Vereadores.

A ação foi ajuizada em dezembro de 2016 por atos improbidade administrativa. O juiz decretou a indisponibilidade de bens dos requeridos no valor de R$50 mil para Raimundo Acélio Aguiar, Rubigerlei Pereira da Silva e Cleiton Veríssimo Gonzaga; e de R$ 5 mil para os demais réus Raimundo Batista Santiago (prefeito do município), Walter Azevedo Tertulino, Evanilson Pereira Rosa, Vilmar Carlos Rodrigues, Rosenildo Saw Munduruku, Elinaldo Crixi Munduruku, e Cleiton Veríssimo Gonzaga Eireli ME (pessoa jurídica).

A ação movida pelo Ministério Público do Pará (MPPA) cobra o ressarcimento de R$ 238 mil desviados da Câmara de Vereadores de Jacareacanga durante os anos de 2013 e 2016. Segundo o MPPA, a Câmara possuía na época duas caminhonetes, duas motos, uma van e duas lanchas voadeiras. No período analisado, uma caminhonete ficou quebrada durante quatro meses, a van não foi utilizada no período chuvoso e as lanchas foram utilizadas de duas a três vezes ao mês em média, criando uma inconsistências de consumo de R$ 238 mil em combustíveis no município.

De acordo com o MPPA, os comandantes da ação criminosa eram o então vereador Raimundo Acélio de Aguiar e Rubigerlei Pereira da Silva, do setor administrativo. A ação inicial relata o uso de recursos da Câmara Municipal destinados ao abastecimento de veículos oficiais, para o pagamento de passagens de eleitores entre Jacareacanga e Itaituba, no sudoeste do Pará. Para abastecer os veículos oficiais, a Câmara emitia requisições de combustível que eram entregues no posto vencedor da licitação. Posteriormente o posto apresentava a nota fiscal para Câmara, que por meio de ordem bancária, creditava o dinheiro na conta do posto.

O esquema foi comprovado quando, o MPPA e a Polícia Civil foram até o posto fornecedor do combustível e abordou o motorista do veículo da cooperativa Buburé, que estava com diversas requisições de combustíveis, tendo como favorecidos, os réus.

Fonte: G1

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