O aumento nos impostos PIS/Cofins de combustíveis, que
estava suspenso temporariamente, vai voltar a vigorar até que o julgamento do
caso chegue ao fim. A decisão foi do desembargador Hilton Queiroz, presidente
do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). O magistrado atendeu nesta
quarta-feira ao pedido da Advocacia-Geral da União.
Na decisão desta quarta, o presidente do TRF1 derrubou a
suspensão por não ver elementos de grave lesão à ordem pública, jurídica,
administrativa e econômica que justificariam decisão por liminar. Esse
argumento foi utilizado por Klomfahs para pedir a suspensão temporária imediata
à Justiça. Com isso, será necessário esperar que o julgamento sobre a
legalidade do aumento de PIS/Cofins via
decreto chegue ao final.
Queiroz ainda determinou que o aumento não seja suspenso
novamente até o fim do caso, e criticou a decisão preliminar do juiz de
Brasília. Ele diz que, por causa do momento fiscal pelo qual passa o país, com
déficits elevados, decisões temporárias como essa são perigosas e “só servem para
agravar as dificuldades da manutenção dos serviços públicos e do funcionamento
do aparelho estatal, abrindo brecha para um completo descontrole do País, e até
mesmo seu total desgoverno”, escreveu o presidente do TRF1.
Reajuste
Com o reajuste do PIS/Cofins, a alíquota sobre o litro de
gasolina havia quase dobrado, de R$ 0,38 para R$ 0,79 por litro. Havia a
expectativa de que o litro da gasolina subiria até R$ 0,41, mas os postos
aplicaram aumentos superiores.
Com relação ao diesel, a alíquota foi de R$ 0,248 para R$
0,4615 centavos o litro nas refinarias, que podem repassar o valor integral ao
consumidor. No etanol, o PIS/Cofins para as distribuidoras, que estava zerado,
passou para R$ 0,1964 centavos por litro.
O objetivo do decreto presidencial era gerar uma arrecadação
extra de 10,4 bilhões de reais neste ano para cobrir o rombo nas contas
públicas. A medida foi adotada para cumprir a meta definida para 2017 de
déficit primário de 139 bilhões de reais. Nos cinco primeiros meses do ano, o
rombo acumulado já estava em 34,984 bilhões.
Fonte: Veja
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