No Pará, o imposto sobre os combustíveis é um dos mais altos do país. Além do preço elevado, em Belém ainda um agravante: o clima quente obriga o motorista a ligar o ar condicionado e o gasto só aumenta.
O taxista Leonardo Lisboa gasta R$ 150 por dia para manter o táxi nas ruas. "Tem que rebolar muito, não dispensar nenhuma corrida de R$ 10, de R$ 15. O passageiro não tem R$ 20, o passageiro dá R$ 15. A gente tem que pegar porque não tem como evitar, senão a gente não vai ter o dinheiro para suprir a necessidade do próprio carro", afirma o motorista.
Em Belém, o preço médio da gasolina está custando R$ 3, 56. Por causa do preço, não é todo dia que o servidor público Valmir Silva tira o carro da garagem. “Quando dá. Eu tenho uma moto de reserva e vou de moto”, conta Walmir.
O clima quente da capital também prejudica o motorista. Fechar a janela e ligar o ar condicionado não é luxo, é uma necessidade, mas aí o combustível vai embora mais rápido.
A saída para alguns proprietários é sair menos com o carro. "Rodar menos, diminui um passeio no fim de semana, alguma coisa assim para resolver o problema. Está tudo tão caro, a gasolina está quase R$ 4!", diz o comerciante Salomão Dantas.
No interior do estado, o litro da gasolina é ainda maior e chega a quase R$ 4. "Enquanto você paga um litro de gasolina na capital, por exemplo, na casa de R$ 3.30 a R$ 3.40, esse litro de combustíveis no interior pode chegar a mais de R$ 4. Então, dependendo da distância, você pode ter um componente maior, que é justamente a carga tributária e esse ‘plus’ devido à distância do seu distribuidor”, explica Roberto Sena, coordenador do Dieese.
Fonte: G1 Pará
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