Adolescentes do Pará devem receber vacina contra HPV a partir de março

Por: G1 Pará

No Pará, meninas de 11 a 13 anos poderão se vacinar gratuitamente contra o Papiloma Vírus Humano (SUS) a partir do próximo dia 10 de março. A medida, anunciada pelo Ministério da Saúde (MS) nesta quarta-feira (22), vai oferecer as vacinas para todo o país através do Sistema Único de Saúde (SUS), e visa a prevenção do câncer de colo do útero. A estimativa é que em 2014, apenas no Pará, sejam vacinadas 256,2 mil adolescentes.

Segundo o MS, a vacina estará disponível durante todo o ano. Além de incentivar a vacinação nos estados, o Ministério também deve fazer uma campanha de reforço nas escolas sobre a importância da vacina. Adolescentes, pais e professores deverão participar dos debates, quando também será distribuído um "Guia Prático sobre HPV".

Para completar a proteção, a orientação do MS é que cada adolescente tome as três doses da vacina: a primeira, a segunda seis meses depois, e a terceira cinco anos após a primeira dose.

Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina disponibilizada será a quadrivalente, que protege contra quatro subtipos de HPV: o 6, o 11, o 16 e o 18. Destes, o 16 e o 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. Segundo o MS, o HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero.

Imunidade

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, a vacina garante proteção de 98% contra o câncer do colo do útero, e é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.  A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.