terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Itaituba 157 anos: O Cordão do Tangará

O  Cordão do  Tangará de Itaituba é um exemplo de cordão de meia-lua em que  o caráter  musical predomina e o sentido coreografo organiza a progressão cênica. Nele estão cumprido todos  os do gênero: o canto de rua, canto de apresentação e canto de despedida. Na história  tem um vilão, o caçador, ainda que redimido e expulso pela  princesa, e finalmente reintegrado à comunidade.


O Tangará deflagra o enredo, a proteção ao meio ambiente; a Princesa não mede esforços em defesa ao seu pássaro, o  Tangará. O cordão do Tangará é um gênero literário poético, de modalidade dramática. Não se trata de reprodução e sim de invenção. Trata-se do Cordão do Pássaro junino,  que muito  se identifica com o folclore. É a criação simbólica de uma cultura “flúvio- florestal “ extravasadas para o ambiente urbano, fruto de produção criativa do povo paraense-amazônico.

É um teatro de rua e vem dos  século XIX, puro exemplo de teatro popular musicado; e o Cordão de Tangará  é uma contribuição à cultura itaitubense.

De autoria da Srª Idolasy com a parceria em algumas  composições  da Professora Benedita Miranda.
A origem do interesse pelos cordões em Idolasy aconteceu desde os 10 anos de idade quando participava como figurante nos  cordões da Madrinha Célia, então conhecida Celita  filha das famílias tradicionais Larges e Vergolinoe fora funcionária pública se apresentando como secretária da Prefeitura, além de ter servido por todos os tempos como missionária na Igreja Católica.

Aos 13 anos Idolasy apresentou pela  1ª vez um cordão  como criança em Fordlândia, onde residia  na época.  Aos 16 anos retornou para Itaituba  voltando a dançar  nos cordões  e comédias  da Célita. Aos  18 anos, agora  casada,  foi morar no Paraná-Miry,  e lá despetou a comunidade  para a dança dos cordões na quadra junina. Aos  30 anos, em 1963, mudou-se com a família para  Itaituba, onde deu continuidade aos cordões da Graça, da Borboleta e da Arara. Em 1965 criou o Corrdão do Tangará com nova  versão nas  canções e musicas e maior  numero de figurantes. Fora de grande aceitação do público e dançava em anos alternados com os outros cordões, até 1978 quando Idolasy  foi para uma temporada em Alta-Floresta.

Em 2000 volta a apresentar o Cordão do Tangará a pedido da Diretoria de Cultura sob a coordenação da Claudete Couto, com os figurantes dos cordões anteriores, agora todos adultos.

Em decorrência às realidades  de cada geração, e as mudanças culturais os cordões junino perderam força e deixaram de se apresentados nos últimos tempos.

Em 2008 a Secretária de Cultura, através da Professora Regina  Lucirene, levou a composição-letra  e musica  do Cordão do Tangará para o Instituto de Artes do Pará IAP  para um curso de artes, sendo de grande aceitação.

Idolasy fora agraciada com a premiação de uma noite de autógrafos com 600 exemplares de livros, ficando 300 deles para o IAP-Belém.

Atualmente a ASFITA Associação dos Filhos de Itaituba, na tentativa de resgatar um pouco de nossa história apresenta para o público itaitubense, o Cordão, tentando mostrar o máximo a sua originalidade, mas de certo que acompanhado a evolução dos momentos atuais através de suas vestes e forma de apresentação.

Além de dançar o Cordão, a ASFITA coloca a disposição  do público um CD  gravado  por figurante desta apresentação 2013 e logo mais o DVD do que vem sendo apresentado pelos figurantes.
















A ASFITA agradece a todos


Um comentário:

  1. Anônimo22/12/13

    UM POUCO DO RESGATE DA NOSSA CULTURA QUE ESTÁ ADORMECIDA. PARABÉNS ASFITA!

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