Pará
lidera o ranking do crime ambiental no País BALANÇO De janeiro a julho, IBAMA
aplicou mais de R$ 700 milhões em multas no Pará O Ibama divulgou o último
balanço sobre as operações do órgão em todo o país e o Pará ainda lidera o
ranking dos estados que mais cometem crimes ambientais, seguido pelos estados
do Mato Grosso e Rondônia.
No
Pará foram apreendidos, no período de agosto de 2012 a julho de 2013, quase 45
mil m³ de madeira; 104.667,98 hectares de terras foram embargadas; 11.730,10
toneladas de grãos foram confiscadas, 242 equipamentos apreendidos (trator,
caminhão, motosserras e outros) e R$ 591.752.646,82 foram aplicados em autos de
infração pelos diversos crimes ambientais praticados em território paraense. Segundo
o chefe da fiscalização do IBAMA no Pará, Paulo Maués, os números refletem o
saldo das fiscalizações realizadas em todo o estado. Os números são embasados
principalmente pela retirada de madeira em toras, que representaram na análise
do Ibama 38.957.79 m³.
A
madeira serrada, apreendida em tráfego e nas serrarias, representou 5.356,30
m³. "A madeira é retirada de reservas indígenas, áreas de proteção
ambiental ou sem permissão legal para retirada", explica. A região de Novo
Progresso, que inclui o sul de Itaituba e Altamira, no oeste paraense, é
responsável por cerca de 70% de todo o desmatamento no Pará, com danos
ambientais provocados pela pecuária ilegal.
Até
abril de 2013, dos 42,9 mil hectares de alertas de desmates no estado, mais de
30,1 mil hectares de florestas foram destruídos nessa região, principalmente em
razão da especulação em terras públicas. Durante o a operação Onda Verde, que
teve inicio em abril deste ano e segue até o final de 2013, os fiscais do Ibama
embargaram em 20 dias 15,8 mil hectares de áreas desmatadas ilegalmente nos
municípios de Anapu, Uruará, Novo Progresso e Santana do Araguaia Somente este
ano, de janeiro a julho, o órgão emitiu 681 autos por infração ambiental,
somando em apenas sete meses R$ 727.280.571,48 em multas, 372 delas foram
infrações contra a flora nativa, como desmatamentos e queimadas, totalizando R$
651.754.166,06, 21.
As
multas de infrações contra a fauna totalizam R$ 538.500,00; e as infrações
contra os recursos pesqueiros, como pesca na época do defeso, somam R$
40.564.846,00. Também este ano o IBAMA já apreendeu 85.800 m³ de madeira em
tora e 31.087 m³ de madeira serrada. Paulo Maués explica que o processo de
fiscalização no Pará é dificultado pelas grandes distâncias e pelo difícil
acesso às áreas ilegais. Para identificá-las, o órgão conta com imagens de
satélites, analisadas a partir das informações fornecidas pelo Sistema
Deter/Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Fonte: O Liberal Digital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário