O Ministério Público do Pará instaurou um inquérito civil nesta quarta
(4) para investigar indícios de fraude no concurso para delegado e
investigador da Polícia Civil realizado no dia 5 de maio. Segundo a
promotora Elaine Castelo Branco, diversas pessoas inscritas no concurso
relataram irregularidades antes da prova e durante o concurso.
A promotoria de direitos constitucionais apura a denúncia de um estudante do Mato Grosso, que alega ter testemunhado a realização de um cursinho preparatório no local da prova, na véspera do certame. Além desta denúncia, candidatos também criticaram ocorrências registradas no dia da prova.
Segundo o MP, a promotoria recebeu relatos de que não foi
exigida a retirada de objetos pessoais como celulares e relógios que
podem ser utilizados para cola eletrônica, antes da realização da prova.
Além disso, o MP diz que recebeu denúncia de que houve negligência na
identificação dos candidatos e que, com isso, qualquer pessoa poderia
fazer a prova. Outros candidatos relataram ainda que os lacres da prova
estavam violados, e que algumas pessoas levaram gabaritos para a sala de
aula.A promotoria de direitos constitucionais apura a denúncia de um estudante do Mato Grosso, que alega ter testemunhado a realização de um cursinho preparatório no local da prova, na véspera do certame. Além desta denúncia, candidatos também criticaram ocorrências registradas no dia da prova.
Organização diz que tomou medidas de segurança
Em nota oficial, a Secretaria de Administração (Sead), a Polícia Civil e a Universidade do Estado do Pará (Uepa) , que executou o concurso, disseram que "foram ofertadas todas as condições físicas infra-estruturais de segurança para garantir a lisura do certame", e que foram adotadas medidas de segurança como "o recolhimento dos aparelhos celulares em sacos plásticos devidamente isolados, a fiscalização com detector de metais na porta de entrada de cada um dos locais de prova, inclusive dos banheiros, vistoria dos locais de realização de provas, acompanhamento dos coordenadores e dos fiscais e da polícia quando necessário".
A nota diz ainda que fiscais e as equipes que trabalharam no concurso receberam orientações para registrar em ata qualquer ocorrência fora do normal, e que a Sead, Polícia Civil, a Uepa e a Comissão do Concurso vão apurar todas as denúncias e prestar os esclarecimentos solicitados pelo MP para garantir a transparência do concurso.
Entenda o caso
Esta não é a primeira vez que um concurso para cargos na Polícia Civil fica sob suspeita no Pará. Em setembro de 2009 o concurso para delegado, escrivão e investigador da Polícia Civil foi anulado no Pará após a Sead confirmar que envelopes terem sido violados antes do concurso. A fraude teria sido cometida por uma quadrilha presa no dia anterior da prova.
Fonte: G1 PA
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