sexta-feira, 7 de junho de 2013

MPE investiga fraude no concurso da Polícia Civil do Pará

O Ministério Público do Pará instaurou um inquérito civil nesta quarta (4) para investigar indícios de fraude no concurso para delegado e investigador da Polícia Civil realizado no dia 5 de maio. Segundo a promotora Elaine Castelo Branco, diversas pessoas inscritas no concurso relataram irregularidades antes da prova e durante o concurso.

A promotoria de direitos constitucionais apura a denúncia de um estudante do Mato Grosso, que alega ter testemunhado a realização de um cursinho preparatório no local da prova, na véspera do certame. Além desta denúncia, candidatos também criticaram ocorrências registradas no dia da prova.
Segundo o MP, a promotoria recebeu relatos de que não foi exigida a retirada de objetos pessoais como celulares e relógios que podem ser utilizados para cola eletrônica, antes da realização da prova. Além disso, o MP diz que recebeu denúncia de que houve negligência na identificação dos candidatos e que, com isso, qualquer pessoa poderia fazer a prova. Outros candidatos relataram ainda que os lacres da prova estavam violados, e que algumas pessoas levaram gabaritos para a sala de aula.

Organização diz que tomou medidas de segurança
 
Em nota oficial, a Secretaria de Administração (Sead), a Polícia Civil e a Universidade do Estado do Pará (Uepa) , que executou o concurso, disseram que "foram ofertadas todas as condições físicas infra-estruturais de segurança para garantir a lisura do certame", e que foram adotadas medidas de segurança como "o recolhimento dos aparelhos celulares em sacos plásticos devidamente isolados, a fiscalização com detector de metais na porta de entrada de cada um dos locais de prova, inclusive dos banheiros, vistoria dos locais de realização de provas, acompanhamento dos coordenadores e dos fiscais e da polícia quando necessário".

A nota diz ainda que fiscais e as equipes que trabalharam no concurso receberam orientações para registrar em ata qualquer ocorrência fora do normal, e que a Sead, Polícia Civil, a Uepa e a Comissão do Concurso vão apurar todas as denúncias e prestar os esclarecimentos solicitados pelo MP para garantir a transparência do concurso.

Entenda o caso
 
Esta não é a primeira vez que um concurso para cargos na Polícia Civil fica sob suspeita no Pará. Em setembro de 2009 o concurso para delegado, escrivão e investigador da Polícia Civil foi anulado no Pará após a Sead confirmar que envelopes terem sido violados antes do concurso. A fraude teria sido cometida por uma quadrilha presa no dia anterior da prova.

Fonte: G1 PA

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