Foto Tapajós em Foco |
Uma empresa chinesa cancelou
um pedido de mais de dois milhões de toneladas de soja do Brasil por causa do
grande atraso na entrega. Trata-se de um golpe na economia do país, que poderá
se repetir, caso não se agilize o processo de embarque.
Matéria do jornal Diário do Pará, de hoje, dá conta de que o DNIT informa que a conclusão da pavimentação da Santarém-Cuiabá será acelerada. A Matéria também fala do interesse despertado por Miritituba, que está recebendo investimentos em logística de transporte.
O pequeno distrito de Miritituba, em Itaituba, Oeste do Pará, saiu da pacata situação de anonimato para tornar-se alvo da atenção dos principais investidores nacionais e internacionais. O local pode se transformar num dos maiores portos de escoamento de grãos do país. Sua localização estratégica, às margens do rio Tapajós, a 300 quilômetros ao sul de Santarém e com acesso curto e rápido para a BR-163 (Santarém / Cuiabá), pode ser – literalmente – a “salvação da lavoura”, garantindo o rápido escoamento da safra nacional.
Matéria do jornal Diário do Pará, de hoje, dá conta de que o DNIT informa que a conclusão da pavimentação da Santarém-Cuiabá será acelerada. A Matéria também fala do interesse despertado por Miritituba, que está recebendo investimentos em logística de transporte.
O pequeno distrito de Miritituba, em Itaituba, Oeste do Pará, saiu da pacata situação de anonimato para tornar-se alvo da atenção dos principais investidores nacionais e internacionais. O local pode se transformar num dos maiores portos de escoamento de grãos do país. Sua localização estratégica, às margens do rio Tapajós, a 300 quilômetros ao sul de Santarém e com acesso curto e rápido para a BR-163 (Santarém / Cuiabá), pode ser – literalmente – a “salvação da lavoura”, garantindo o rápido escoamento da safra nacional.
Ironicamente,
o fato responsável pela ascensão de Miritituba foi a crise portuária que
afetou, principalmente, os produtores de soja do Mato Grosso. Na semana passada
a empresa Sunrise, gigante exportadora da China, anunciou o cancelamento da
compra de pelo menos dois milhões de toneladas de soja do Brasil, alegando
atrasos na entrega por causa das longas filas nos portos. Foi o primeiro grande
contrato suspenso por causa de problemas logísticos.
A
Sunrise disse que deveria ter recebido seis navios em fevereiro e outros seis
em março. Principal comprador da soja brasileira, a China informou que vai
comprar o grão da Argentina.
O
apagão logístico atingiu os principais canais de escoamento da soja do país, os
portos de Paranaguá e Santos, sendo este último, o maior da América Latina. O
engarrafamento de caminhões nesses portos chegou a atingir 34 quilômetros. A
situação de congestionamento promete ficar pior nos próximos meses. Com a
estimativa de safra recorde de grãos - o pico da comercialização da soja é
agora em abril e maio, quando começa também a ser escoada a safra de açúcar,
seguida do milho e algodão - os congestionamentos de caminhões para
descarregamento tendem a ser inevitáveis.
Por
tudo isso, a melhoria de acesso ao Porto de Miritituba tomou conta dos
noticiários e está mudando a rotina do pequeno distrito. Empresas gigantes da
área de importação e exportação de produtos, como as americanas Bunge e
Cargill, já estão preparando a construção de terminais de carga na pequena
Miritituba. Empresas especializadas em operações logísticas em importações e
exportações de produtos como Hidrovias do Brasil, Cianport, Unirios e Terfron
também já adquiriram terrenos para a construção de suas instalações.
Mas
isso depende da pavimentação da rodovia BR - 163, que ligará Mato Grosso do Sul
com Miritituba, agilizando o embarque e transporte dos grãos. Isso irá reduzir
em 700 quilômetros o trajeto atual da carga exportada pelo porto de Santos.
O
diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit),
Jorge Fraxe, afirmou, na semana passada, que o governo vai concluir a obra em
seis meses. A partir de maio, o órgão promete retomar as obras de pavimentação
e revestimento da rodovia. O primeiro trecho a ser retomado, de 1,1 quilômetros
de extensão, será o da divisa com o Estado do Mato Grosso e Santarém. São cerca
de 560 quilômetros de estradas de terra à espera do asfalto.
Ao
longo do trajeto, algumas pontes ainda precisam ser instaladas. Em muitos
trechos, há problemas graves de erosão e presença de minas d’água, situação que
exigirá intervenções pesadas de drenagem. Na região Norte, apenas para lembrar,
o trabalho só pode ser feito durante seis meses por ano, por causa do período
de chuvas.
O
diretor do Dnit informou ainda que será investido R$ 1,2 bilhão na obra. De
acordo com o general Jorge Fraxe, a obra da rodovia é uma das prioridades do
Departamento. “Vamos fazer um RCD (Regime de Contratação Diferenciada) e fazer
o possível para entregar em 2014. Este é um empreendimento que quero ir de
Cuiabá até o porto de Santarém ainda no primeiro semestre de 2014”, disse
Fraxe.
O
general disse que a obra será executada mesmo no pe ríodo chuvoso. “O Dnit irá
utilizar técnica de túneis móveis, espécie de coberturas que mantém as
condições para a realização das obras e já está em plena execução em outros
empreendimentos, inclusive na região amazônica”, explicou.
MIRITITUBA
Porto no rio tapajós é
estratégico para receber a produção de grãos do Centro Oeste, transportar em
barcaças até o porto de Santarém, de onde a carga segue em grandes navios.
Fonte Diário do Pará/Blog do Jota Parente
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