O Superintendente da Policia Civil do Tapajós Ednaldo Sousa e dois funcionários da FUNAI estão sendo feitos de reféns em Jacareacanga- PA
Jacareacanga - A delegação composta por um delegado de Policia Civil, o
Coordenador da FUNAI em Itaituba e Procurador, foram declarados pelos
índios, reféns para servirem de moeda de troca pelos acusados de matarem
Lelo Akay.
Mesmo sabendo da impossibilidade da justiça soltar os assassinos de Lelo
Akay para serem JUSTIÇADOS por vingança pelos parentes indígenas, os
índios rebelados insistem na exigência. o CLIMA SEGUE TENSO, mesmo assim
não há animosidade contra as pessoas tidas até agora reféns. A decisão
pode mudar com o decorrer das negociações.
Delegado Ednaldo Sousa e funcionario da FUNAI. |
Jacareacanga
- Sem sombra de dúvidas o principal contratempo para resolução dos
problemas de segurança pública que encontra-se sem policiamento e
dominado por guerreiros Munduruku foi a falta de comunicação motivada
pela inoperância da telefonia celular VIVO, séries de telefonemas
trocados entre propriamente este blogueiro, lideranças indígenas, com
autoridades da Segurança Publica Estadual tiveram tempos de espera
intermináveis, ligações cortadas e queda do serviço, concorrendo para
que o nervosismo, fosse constante entre as partes que tentavam a todo
custo serenar os ânimos tanto exaltados com a finalidade de aguardar a
chegada das autoridades.
Reunião com os índios
Pode-se
dizer que uma população inteira encontra-se refém do medo temendo
conseqüências que poderiam fazer os guerr4eiros que reclamam contra o
hediondo assassinato que vitimou Lelo Akay e ainda contra o comodismo
das autoridades já que os indígenas entendiam dessa forma a falta de
mobilização para virem a Jacareacanga. Na verdade a falta de
entendimentos deu-se em razão da inoperância da telefonia móvel que
comprometeu o desenvolvimento dos entendimentos. Todo
o dialogo que estabeleci com o Sr. Secretario Adjunto da Secretaria de
Segurança Publica e esse com os indígenas sofreu descontinuidade em
razão das quedas bruscas dos sinais da operadora.
Indios exibindo armas da PM
Felizmente pela manhã o prefeito do município Raulien Queiróz, reunido
com autoridades das policias civil e militar em Itaituba, deu um alento,
que estaria sendo deslocado através der aeronave um comando para entrar
em entendimentos com os sublevados. É fato que em posse dos índios
encontram-se recolhidas três armamentos sendo duas metralhadoras-Fuzil e
uma arma de porte revolver ou pistola todas sem munições que foram
deixadas pelos policiais em fuga e antes de atearem fogo na delegacia os
indígenas tomaram posse não para usá-las e sim para fazer moeda de
troca pelos presos acusados de matarem Lelo Akay cujo assassinato
redundou nessa reação.
Indios armados pronto para guerra.
No momento depois do contato de Raulien Queiroz e Delegado encaminhado
pela Secretaria de Segurança Publica do Estado via telefone com lideres
indígenas respira-se momentos de alivio e os indígenas com
características físicas através de pinturas corporais hostis mesmo
bloqueando alguns acessos da cidade aguardam o contato com as
autoridades que devem chegar dentre poucos horas.
Indigena com magal da PM
Temia-se o envio da Força denominada Tático, pois como é de conhecimento
publico é uma policia para inibir todo levante, e isso poderia provocar
reação dos Munduruku e ocorrer conseqüências trágicas ja que mesmo
armados com armamento tribal (Arco Flechas Tacapes, Bordunas) não tendo a
mesma responsabilidade de propriedade os índios fatalmente iriam
reagir. Não somente homens e sim mulheres, compõe o grupo de índios
sublevados.
Indios em frente ao DPM
Como encontro-me presentemente em Jacareacanga, e prestei serviços por
longo tempo na Funai o suficiente para conhecer muito bem os Munduruku,
não por acaso conhecidos historicamente como Caçadores de Cabeça,
recomendaria inicialmente a presença de autoridades da Segurança Publica
para ouvirem as reivindicações dos indios e depois da saida desses a
restituição da segurança publica atraves de policiais militares.
Destacamento da PM em chamas.
Ao encerrar esta materia neste momento recebo um telefonema
informando-me da chegada das autoridades. Alem dos indios familias
indigenas que residem na cidade e grande parte da população acercam-se
da praça Cristina Ribeiro (Zé Maria) local do encontro.
Acusados da morte do indigena Lelo Akai
FOTOS NONATO SILVA/JACAREACANGA - Texto Blog Rastilho de Pólvora.
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