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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Jacareacanga : Índios fazem superintendente da policia civil e dois funcionários da Funai de reféns

O Superintendente da Policia Civil do Tapajós Ednaldo Sousa e dois funcionários da FUNAI estão sendo feitos de reféns em Jacareacanga- PA

Jacareacanga - A delegação composta por um delegado de Policia Civil, o Coordenador da FUNAI em Itaituba e Procurador, foram declarados pelos índios, reféns para servirem de moeda de troca pelos acusados de matarem Lelo Akay. 
Mesmo sabendo da impossibilidade da justiça soltar os assassinos de Lelo Akay para serem JUSTIÇADOS por vingança pelos parentes indígenas, os índios rebelados insistem na exigência. o CLIMA SEGUE TENSO, mesmo assim não há animosidade contra as pessoas tidas até agora reféns. A decisão pode mudar com o decorrer das negociações.
Delegado Ednaldo Sousa e funcionario da FUNAI.
Jacareacanga - Sem sombra de dúvidas o principal contratempo para  resolução dos problemas de segurança pública que encontra-se sem policiamento e dominado por guerreiros Munduruku foi a falta de comunicação motivada pela inoperância da telefonia celular VIVO, séries de telefonemas  trocados entre propriamente este blogueiro, lideranças indígenas, com autoridades da Segurança Publica Estadual tiveram tempos de espera intermináveis, ligações cortadas e queda do serviço, concorrendo para que o nervosismo, fosse constante entre as partes que tentavam a todo custo serenar os ânimos tanto exaltados com a finalidade de aguardar a chegada das autoridades.
Reunião com os índios
Pode-se dizer que uma população inteira encontra-se refém do medo temendo conseqüências  que poderiam fazer os guerr4eiros que reclamam contra o hediondo assassinato que vitimou Lelo Akay e ainda contra o comodismo das autoridades já que os indígenas entendiam dessa forma a falta de mobilização  para virem a Jacareacanga. Na verdade  a falta de entendimentos deu-se em razão da inoperância da telefonia móvel que comprometeu o desenvolvimento dos entendimentos. Todo o dialogo que estabeleci com o Sr. Secretario Adjunto da Secretaria de Segurança Publica e esse com os indígenas sofreu descontinuidade em razão das quedas bruscas dos sinais da operadora.
Indios exibindo armas da PM
Felizmente pela manhã o prefeito do município Raulien Queiróz, reunido com autoridades das policias civil e militar em Itaituba, deu um alento, que estaria sendo deslocado através der aeronave um comando para entrar em entendimentos com os sublevados. É fato que em posse dos índios encontram-se recolhidas três armamentos sendo duas metralhadoras-Fuzil e uma arma de porte revolver ou pistola todas sem munições que foram deixadas pelos policiais em fuga e antes de atearem fogo na delegacia os indígenas tomaram posse não para usá-las e sim para fazer moeda de troca pelos presos acusados de matarem Lelo Akay cujo assassinato redundou nessa reação.
Indios armados pronto para guerra.
No momento depois do contato de Raulien Queiroz e Delegado encaminhado pela Secretaria de Segurança Publica do Estado via telefone com lideres indígenas respira-se momentos de alivio e os indígenas com características físicas através de pinturas corporais hostis mesmo bloqueando alguns acessos da cidade aguardam o contato com as autoridades que devem chegar dentre poucos horas.
Indigena com magal da PM
Temia-se o envio da Força denominada Tático, pois como é de conhecimento publico é uma policia para inibir todo levante, e isso poderia provocar reação dos Munduruku e ocorrer conseqüências trágicas ja que mesmo armados com armamento tribal (Arco Flechas Tacapes, Bordunas) não tendo a mesma responsabilidade de propriedade os índios fatalmente iriam reagir. Não somente homens e sim mulheres, compõe o grupo de índios sublevados.
Indios em frente ao DPM
Como encontro-me presentemente em Jacareacanga, e prestei serviços por longo tempo na Funai o suficiente para conhecer muito bem os Munduruku, não por acaso conhecidos historicamente como Caçadores de Cabeça, recomendaria inicialmente a presença de autoridades da Segurança Publica para ouvirem as reivindicações dos indios e depois da saida desses a restituição da segurança publica atraves de policiais militares.
Destacamento da PM em chamas.
Ao encerrar esta materia neste momento recebo um telefonema informando-me da chegada das autoridades. Alem dos indios familias indigenas que residem na cidade e grande parte da população acercam-se da praça Cristina Ribeiro (Zé Maria) local do encontro.
Acusados da morte do indigena Lelo Akai
FOTOS NONATO SILVA/JACAREACANGA - Texto Blog Rastilho de Pólvora.

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