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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Deputado Dudimar Paxiúba foi escolhido para falar sobre baixo desempenho do PIB


Ao tirar o foco do fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), a presidente Dilma tenta minimizar o baixo crescimento da economia brasileira. Essa é avaliação feita nesta sexta-feira pelos deputados Dudimar Paxiuba (PA) e William Dib (SP). Ontem, no mesmo dia em que o Banco Central divulgou a queda de 0,02% do Índice de Atividade Econômica (dado que antecipa o comportamento do Produto Interno Bruto) em maio em relação a abril, a petista afirmou que o PIB não é o mais adequado para comparar o desempenho dos países.


Segundo a presidente, “uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para suas crianças e para seus adolescentes”. No entanto, faltam investimentos do governo federal para melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população, de acordo com os tucanos.

Para Paxiuba, não há como desassociar economia e desenvolvimento social. Ela vai na contramão de qualquer conhecimento elementar de economia e de políticas sociais. Afinal de contas, se o PIB cresce, o país dispõe de mais recursos para investir inclusive na área social”, resumiu Paxiuba.
Para Dib, a presidente está querendo fugir dos problemas econômicos que o país enfrenta. Na opinião dele, falta equilíbrio ao governo para lidar com a questão. “Dilma não consegue dar uma resposta ao país. Se ela fez sete pacotes para estimular a economia é porque ela provavelmente via no PIB o grande problema para o desenvolvimento econômico e social”, disse.

Os parlamentares ressaltaram que, ao ser comparado com outros países em assuntos que afetam diretamente crianças e adolescentes, o Brasil fica em desvantagem. Na educação, por exemplo, os indicadores apontam para um quadro desfavorável na comparação internacional. A avaliação Pisa, divulgada em 2010, classificou o Brasil em 53º lugar em desempenho em leitura. No ranking de 65 países, o Brasil ficou atrás de Colômbia, Trinidad e Tobago e México.

De acordo com Paxiuba, apesar de o governo enfatizar a preocupação com esse público, na prática os investimentos não ocorrem. “Não vemos nada disso acontecer. A conclusão é que há um disparate. É preciso melhorar esses indicadores. É uma vergonha que estejamos em uma situação de inferioridade se comparado a outros países”, criticou.

“Se a presidente não se preocupa mais com o PIB e sim com as crianças e adolescentes deveria, de fato, desenvolver política para crianças e adolescentes. A gente não vê nenhum avanço na educação, na saúde, na segurança, e muito menos no primeiro emprego. O desenvolvimento social só se faz com o desenvolvimento econômico e sustentável”, declarou Dib.

→ Segundo dados do Banco Mundial, um brasileiro que nasce hoje tem uma expectativa de vida de 73 anos. Um bebê cubano ou chileno viverá seis anos a mais.

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