Ao tirar o foco do fraco desempenho do Produto
Interno Bruto (PIB), a presidente Dilma tenta minimizar o baixo crescimento da
economia brasileira. Essa é
avaliação feita nesta sexta-feira pelos deputados Dudimar
Paxiuba (PA) e William
Dib (SP). Ontem,
no mesmo dia em que o Banco Central divulgou a queda de 0,02% do Índice de
Atividade Econômica (dado que antecipa o comportamento do Produto Interno
Bruto) em maio em relação a abril, a petista afirmou que o PIB não é o mais
adequado para comparar o desempenho dos países.
Segundo a presidente, “uma grande nação deve ser
medida por aquilo que faz para suas crianças e para seus adolescentes”. No
entanto, faltam investimentos do governo federal para melhorar a qualidade de
vida dessa parcela da população, de acordo com os tucanos.
Para Paxiuba, não há como desassociar economia e
desenvolvimento social. “Ela vai
na contramão de qualquer conhecimento elementar de economia e de políticas
sociais. Afinal de contas, se o PIB cresce, o país dispõe de mais recursos para
investir inclusive na área social”, resumiu Paxiuba.
Para Dib, a presidente está querendo fugir dos
problemas econômicos que o país enfrenta. Na opinião dele, falta equilíbrio ao
governo para lidar com a questão. “Dilma não consegue dar uma resposta ao país.
Se ela fez sete pacotes para estimular a economia é porque ela provavelmente
via no PIB o grande problema para o desenvolvimento econômico e social”, disse.
Os parlamentares ressaltaram que, ao ser comparado
com outros países em assuntos que afetam diretamente crianças e adolescentes, o Brasil fica em desvantagem.
Na educação, por exemplo, os indicadores apontam para um quadro desfavorável na
comparação internacional. A avaliação Pisa, divulgada em 2010, classificou o
Brasil em 53º lugar em desempenho em leitura. No ranking de 65 países, o Brasil
ficou atrás de Colômbia, Trinidad e Tobago e México.
De acordo com Paxiuba, apesar de o governo
enfatizar a preocupação com esse público, na prática os investimentos não
ocorrem. “Não vemos nada disso acontecer. A conclusão é que há um disparate. É
preciso melhorar esses indicadores. É uma vergonha que estejamos em uma
situação de inferioridade se comparado a outros países”, criticou.
“Se a presidente não se preocupa mais com o PIB e
sim com as crianças e adolescentes deveria, de fato, desenvolver política para
crianças e adolescentes. A gente não vê nenhum avanço na educação, na saúde, na
segurança, e muito menos no primeiro emprego. O desenvolvimento social só se
faz com o desenvolvimento econômico e sustentável”, declarou Dib.
→ Segundo
dados do Banco Mundial, um brasileiro que nasce hoje tem uma expectativa de
vida de 73 anos. Um bebê cubano ou chileno viverá seis anos a mais.
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