A ex-ministra Marina Silva disse na sexta-feira (4) que a criação do Estado do Tapajós, hoje parte do Pará, não deve ser "desconsiderada a priori". A ex-senadora do Acre afirmou que a demanda dos moradores da região pela criação de um Estado independente de Belém é antiga e se assemelha à dos habitantes do Tocantins.
"[A criação do Estado de Tapajós] é uma questão relevante, que precisa ser bem olhada. É uma demanda antiga e o Pará tem dimensões continentais", afirmou. "Não conheço a realidade dos demais Estados [Carajás e Pará] mas no caso do Estado de Tapajós deve ser melhor debatido e considerado, pois é muito parecido com o Estado do Tocantins."
Os moradores do Pará vão escolher em plebiscito no próximo dia 11 de dezembro se são favoráveis ou contrários à separação do Estado em três: Tapajós (com capital em Santarém), Carajás (capital em Marabá) e Pará (com a capital em Belém).
"[A criação do Estado de Tapajós] é uma questão relevante, que precisa ser bem olhada. É uma demanda antiga e o Pará tem dimensões continentais", afirmou. "Não conheço a realidade dos demais Estados [Carajás e Pará] mas no caso do Estado de Tapajós deve ser melhor debatido e considerado, pois é muito parecido com o Estado do Tocantins."
Os moradores do Pará vão escolher em plebiscito no próximo dia 11 de dezembro se são favoráveis ou contrários à separação do Estado em três: Tapajós (com capital em Santarém), Carajás (capital em Marabá) e Pará (com a capital em Belém).
Marina evitou dizer-se favorável à repartição, mas enfatizou que o Estado do Pará, como é muito grande, possui "regiões isoladas".
A ex-ministra ponderou, entretanto, que os novos Estados demandarão também despesas em burocracia estatal
"A população quer um novo Estado para que cheguem recursos. Mas o problema é que os recursos serão canalizados também para as câmaras legislativas, para as assembleias, para os governos...", enumerou Marina.
Ela enfatizou ainda que a divisão deve ser feita com o cuidado de se analisar a presença de índios e áreas de proteção ambiental. Isso porque, depois de emancipados, os Estados vão buscar áreas onde podem se desenvolver e podem esbarrar nessas limitações de aproveitamento tradicional dessas terras.
"Pode-se acontecer o mesmo que houve em Roraima", alertou Marina. No Estado, autoridades se queixam de que a maior parte das terras pertence a reservas indígenas ou são áreas de preservação.
A ministra participou hoje de seminário organizado pela revista "The Economist", em São Paulo.
Fonte: Folha.com
A ex-ministra ponderou, entretanto, que os novos Estados demandarão também despesas em burocracia estatal
"A população quer um novo Estado para que cheguem recursos. Mas o problema é que os recursos serão canalizados também para as câmaras legislativas, para as assembleias, para os governos...", enumerou Marina.
Ela enfatizou ainda que a divisão deve ser feita com o cuidado de se analisar a presença de índios e áreas de proteção ambiental. Isso porque, depois de emancipados, os Estados vão buscar áreas onde podem se desenvolver e podem esbarrar nessas limitações de aproveitamento tradicional dessas terras.
"Pode-se acontecer o mesmo que houve em Roraima", alertou Marina. No Estado, autoridades se queixam de que a maior parte das terras pertence a reservas indígenas ou são áreas de preservação.
A ministra participou hoje de seminário organizado pela revista "The Economist", em São Paulo.
Fonte: Folha.com
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