Falta um mês para o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem 2011. Os 5,3 milhões de estudantes brasileiros inscritos têm, a partir desta quinta-feira (22), somente mais 30 dias para estudar para a prova que dá acesso a várias instituições de ensino superior. O exame será aplicado nos dias 22 e 23 de outubro em todo o país.
Para ajudar os candidatos a se preparar nesta reta final, o G1 ouviu professores que ensinam diversas disciplinas em cursinhos de São Paulo e reuniu as principais dicas de estudo, além dos temas que ficaram em evidência no último ano e, por isso, podem ter mais probabilidade de caírem nas provas.
Considerado um “teste de resistência” pelos especialistas, o exame tem quatro provas com 45 questões cada e, neste ano, poderá ser usado para ingresso em dezenas de universidades em todos os estados do país.
Elas estão divididas em dois dias: no sábado, 22 de outubro, os candidatos terão quatro horas e meia para resolver as questões de ciências da natureza e ciências humanas. No dia seguinte, a prova tem duração de cinco horas e meia e, além de contemplar 90 questões de linguagens, códigos e suas tecnologias (português e língua estrangeira) e matemática, inclui a redação.
De hoje até a véspera
Todos os professores ouvidos pela reportagem concordam que, nas últimas semanas antes da prova, o melhor é fixar o conteúdo básico e seguir treinando as técnicas de interpretação de texto e de resolução de exercícios. Outra dica importante: ler jornais, revistas, sites e procurar se manter atualizado sobre os temas que foram destaque no noticiário do Brasil e do mundo este ano.
“O Enem verifica a formação total do estudante. Nada que possa ser aprendido em 30 dias é importante para a prova”, diz Francisco Achcar, coordenador de português do Objetivo. Para ele, ‘rachar’ de estudar às vésperas do exame é pouco eficaz, já que no caso do Enem a preparação não ocorre em um mês. “Ler bastante e com concentração, é fundamental”, diz. Para Achcar, todo tipo de leitura é válido: jornais, revistas, obras literárias e até tirinhas de humor. “Gramática não cai no Enem, mas cai conhecimento da língua. A prova quer saber se o aluno sabe ler e escrever bem”, afirma.
Professor de biologia do cursinho Universitário, Thales Hurtado afirma que o Enem tem se tornado cada ano mais difícil e parecido com vestibulares como a Fuvest. “Mas, em biologia, ele ainda tem mais questões de interpretação de texto do que exigência de conhecimento de conteúdo.”
Ele alerta que é “importante sedimentar conceitos básicos” porque o Enem é “muito correto na colocação das palavras”. Por isso, sugere que os candidatos comecem, daqui para frente, a criar um glossário com os termos mais básicos, como gene, cromossomo, parasita etc. Ele também recomenda que o aluno evite estudar com conteúdos encontrados na internet e se atenha ao que está nos livros didáticos e apostilas de cursinhos.
Outra sugestão para que o candidato chegue afiado no exame é refazer a prova do Enem 2010. Mas alerta que provas mais antigas podem estar muito diferentes do que deve cair neste ano.
Treino é a palavra-chave do professor de física Takeshi Kamieda, também do Universitário. Ele compara o estudo de exatas à pratica de um esporte e afirma que o estudante deve seguir resolvendo o maior número possível de exercícios. “É importante o conhecimento da teoria, mas é fundamental a prática para que o aluno possa resolver as questões sozinho.” Para Takeshi, resolver exercícios de exatas é “como solucionar um crime: você tem que estar focado nas pistas e não no problema, e a resposta acaba saindo da análise dos dados”.
Já na área de ciências da natureza, Sezar Sasson, supervisor de biologia do Anglo conta que o truque para se dar bem é ler a questão atentamente porque “os enunciados quase sempre oferecem os dados necessários para as respostas”. Ele lembra que os estudantes precisam saber interpretar gráficos e tabelas que aparecem com maior predominância em ciências da natureza. “Também é necessário saber decodificar os enunciados que quase sempre oferecem os dados necessários para as respostas.”
Dicas para uma boa redação no Enem
- Leia a proposta com atenção e tire poucos minutos para listar todas as idéias relacionadas ao tema;
- Escolha as melhores ideias e estruture-as na introdução (apresentação da tese), no desenvolvimento da tese e na conclusão, que deve obrigatoriamente incluir uma proposta de ação social que solucione o problema apresentado;
- É importante que a proposta de ação não seja utópica ou impossível de colocar em prática, por isso, detalhe que ações estão incluídas;
- O Enem pode até anular redações que contenham ofensas ou opiniões que ferem os direitos humanos, por isso, tenha cuidado ao apresentar argumentos.
Fonte: Karina Chamklidjian, professora do Universitário
Redação sem trauma
A professora Simone Motta, professora de redação do Etapa, recomendou ainda a leitura de artigos e editoriais – que trazem estrutura semelhante da pedida na prova –, além das redações que tiveram nota dez no Enem de outros anos e estão disponíveis para consulta na internet. Ela e Karina Chamklidjian, professora do Universitário, sugerem que os alunos escrevam entre quatro e doze redações daqui até a véspera do exame, mas sem se cansar demais.
Para Karina, uma boa dica é que os candidatos mostrem suas redações a outras pessoas e estimulem um debate para obter outros pontos de vista sobre o tema. Ela diz que a redação do Enem é corrigida de acordo com premissas básicas e, portanto, a chave para fazer uma boa prova é seguir à risca as principais regras ao receber a questão.
Fonte: G1
Todos os professores ouvidos pela reportagem concordam que, nas últimas semanas antes da prova, o melhor é fixar o conteúdo básico e seguir treinando as técnicas de interpretação de texto e de resolução de exercícios. Outra dica importante: ler jornais, revistas, sites e procurar se manter atualizado sobre os temas que foram destaque no noticiário do Brasil e do mundo este ano.
“O Enem verifica a formação total do estudante. Nada que possa ser aprendido em 30 dias é importante para a prova”, diz Francisco Achcar, coordenador de português do Objetivo. Para ele, ‘rachar’ de estudar às vésperas do exame é pouco eficaz, já que no caso do Enem a preparação não ocorre em um mês. “Ler bastante e com concentração, é fundamental”, diz. Para Achcar, todo tipo de leitura é válido: jornais, revistas, obras literárias e até tirinhas de humor. “Gramática não cai no Enem, mas cai conhecimento da língua. A prova quer saber se o aluno sabe ler e escrever bem”, afirma.
Professor de biologia do cursinho Universitário, Thales Hurtado afirma que o Enem tem se tornado cada ano mais difícil e parecido com vestibulares como a Fuvest. “Mas, em biologia, ele ainda tem mais questões de interpretação de texto do que exigência de conhecimento de conteúdo.”
Ele alerta que é “importante sedimentar conceitos básicos” porque o Enem é “muito correto na colocação das palavras”. Por isso, sugere que os candidatos comecem, daqui para frente, a criar um glossário com os termos mais básicos, como gene, cromossomo, parasita etc. Ele também recomenda que o aluno evite estudar com conteúdos encontrados na internet e se atenha ao que está nos livros didáticos e apostilas de cursinhos.
Outra sugestão para que o candidato chegue afiado no exame é refazer a prova do Enem 2010. Mas alerta que provas mais antigas podem estar muito diferentes do que deve cair neste ano.
Treino é a palavra-chave do professor de física Takeshi Kamieda, também do Universitário. Ele compara o estudo de exatas à pratica de um esporte e afirma que o estudante deve seguir resolvendo o maior número possível de exercícios. “É importante o conhecimento da teoria, mas é fundamental a prática para que o aluno possa resolver as questões sozinho.” Para Takeshi, resolver exercícios de exatas é “como solucionar um crime: você tem que estar focado nas pistas e não no problema, e a resposta acaba saindo da análise dos dados”.
Já na área de ciências da natureza, Sezar Sasson, supervisor de biologia do Anglo conta que o truque para se dar bem é ler a questão atentamente porque “os enunciados quase sempre oferecem os dados necessários para as respostas”. Ele lembra que os estudantes precisam saber interpretar gráficos e tabelas que aparecem com maior predominância em ciências da natureza. “Também é necessário saber decodificar os enunciados que quase sempre oferecem os dados necessários para as respostas.”
Dicas para uma boa redação no Enem
- Leia a proposta com atenção e tire poucos minutos para listar todas as idéias relacionadas ao tema;
- Escolha as melhores ideias e estruture-as na introdução (apresentação da tese), no desenvolvimento da tese e na conclusão, que deve obrigatoriamente incluir uma proposta de ação social que solucione o problema apresentado;
- É importante que a proposta de ação não seja utópica ou impossível de colocar em prática, por isso, detalhe que ações estão incluídas;
- O Enem pode até anular redações que contenham ofensas ou opiniões que ferem os direitos humanos, por isso, tenha cuidado ao apresentar argumentos.
Fonte: Karina Chamklidjian, professora do Universitário
Redação sem trauma
A professora Simone Motta, professora de redação do Etapa, recomendou ainda a leitura de artigos e editoriais – que trazem estrutura semelhante da pedida na prova –, além das redações que tiveram nota dez no Enem de outros anos e estão disponíveis para consulta na internet. Ela e Karina Chamklidjian, professora do Universitário, sugerem que os alunos escrevam entre quatro e doze redações daqui até a véspera do exame, mas sem se cansar demais.
Para Karina, uma boa dica é que os candidatos mostrem suas redações a outras pessoas e estimulem um debate para obter outros pontos de vista sobre o tema. Ela diz que a redação do Enem é corrigida de acordo com premissas básicas e, portanto, a chave para fazer uma boa prova é seguir à risca as principais regras ao receber a questão.
Fonte: G1
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