quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Impasses rondam frente contra Tapajós

Permanece o impasse entre representantes das duas frentes registradas para defender a proposta anticriação do Estado do Tapajós durante a campanha que começa no próximo dia 13. Segundo portaria do Tribunal Superior Eleitoral, cada linha de pensamento poderá ter apenas uma frente oficial que será responsável pela arrecadação de doações para a campanha, administração do tempo destinado à propaganda no rádio e TV, entre outras atividades.


Ao todo seriam quatro frentes registradas – duas separatistas (pró-Carajás e pró-Tapajós) e duas antisseparação do Estado (contra Tapajós e contra Carajás), mas no último dia 2 foram registradas cinco frentes, sendo que duas delas reivindicam o direito de comandar a campanha contra a criação do Tapajós. Ainda há dúvidas sobre como o impasse será resolvido. Uma convenção marcada para hoje, informação confirmada no site do tribunal Regional Eleitoral, seria a oportunidade para que os dois grupos chegassem a um consenso, mas até o final da tarde de ontem, as lideranças comandadas pelo deputado Celso Sabino (PR) afirmavam não ter conhecimento da convenção. “Não fomos convidados e pelo que consultamos no TRE não havia nada marcado”, disse Sabino. Para ele, a frente comandada pelo deputado Eliel Faustino (PR) terá problemas para se registrar porque não teria feito uma convenção para escolha do presidente e tesoureiro antes da inscrição, no último dia 2.


Faustino entende, contudo, que a convenção deveria ocorrer após o registro no TRE e, em caso de impasse poderia reunir os dois grupos, que então se fundiriam numa única frente. A disputa envolve, principalmente, a presidência. A convenção está marcada para as 19h, mas tudo indica que o grupo de Sabino não comparecerá. “Realizamos nossa convenção em 1º de setembro, na presença de centenas de pessoas na sede da Associação Comercial do Pará”, diz Sabino.


A frente comandada por Faustino foi articulada pelo ex-secretário de Saúde do município de Belém que chegou a lançar, informalmente, uma frente contra Carajás, mas abriu mão para o deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB), até agora a principal liderança do movimento antisseparatista.


No grupo de Pimentel, estão ainda o prefeito de Belém, Duciomar Costa, e, segundo Faustino, vários vereadores de Belém e Ananindeua. Para o grupo de Faustino, a presidência de Sabino na frente seria motivo de insegurança jurídica para o processo, uma vez que ele é suplente de Junior Hage, que deixou a cadeira na AL pra assumir a Secretaria de Trabalho no governo de Simão Jatene. Hage está entre os deputados que compõem a frente pró-Tapajós e caso ele decida voltar para a Assembléia, Sabino ficaria sem mandato. “Estou fazendo doutorado em direito público e não vejo insegurança jurídica nenhuma”, rebate Sabino. 


Fonte: DOL

Um comentário:

  1. Anônimo13/9/11

    O ESTADO DO TAPAJÓS JÁ EXISTE , EMANCIPAÇÃO JÁ.

    Comentário: Keiko Hirashi


    A falta de respeito é tão grande que somos tratados como uma esposa cansada de apanhar e que pede separação:
    O governo vem aqui com “flores e presentes” fingindo nos valorizar para nos fazer voltar atrás em nossa decisão de emancipar o Estado do Tapajós.
    Não é um ato de generosidade que faz de um avaro um generoso.
    O estado do Pará teve centenas de anos para nos valorizar.
    Nós nos valorizamos e somos mais do que “interior”.
    Já somos Tapajonenses em nossos corações.
    O Estado do Tapajós já existe.
    Só precisamos que isso seja oficialmente reconhecido.
    Queremos o direito de nos desenvolvermos, de caminharmos com nossas próprias pernas.
    E sinceramente, se a emancipação fosse para benefício de nossa elite, o que não é, prefiro a elite daqui do que a de Belém.
    Pelo menos a daqui eu vou poder fiscalizar e cobrar.
    Aquela que fica a mais de 800 km é mais difícil.
    A assembléia legislativa do Pará tem poucos representantes do oeste do Pará.
    Com a emancipação teremos 100% de representantes da região:
    Garantia de legislação voltada exclusivamente aos nossos interesses.
    E ainda, duvido que tenhamos tanta gente assim em nossa elite que dê conta de todos os cargos públicos, quem vai governar este estado serão representantes do povo, com certeza.
    Quem defende esse pensamento de interesses elitizados por trás da emancipação, não sabe do que está falando.
    Seu discurso é medíocre e não deve ser levado em conta.
    A emancipação será a solução para nossos problemas com certeza.
    Não a curto prazo, mas será.
    Solução até para o Novo Pará.
    Quem sabe seremos uma opção de crescimento para os belenensens cansados da violência e desemprego da capital.

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