Coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, afirmou que as leis de trânsito não precisam sofrer alterações, mas serem aplicadas com eficiência.
Dando continuidade à reportagem especial do Fantástico sobre as causas de acidentes de trânsito e as medidas para combatê-las, o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzoto, falou sobre o assunto em um bate-papo com os internautas.
Para ele, as leis de trânsito brasileiras não precisam sofrer alterações, e sim ser aplicadas com eficiência. A impunidade, segundo Rizzotto, é o principal motivo para o problema de educação no trânsito. Ele ressaltou ainda a importância de dirigir bem disposto.
“O Brasil tem legislação de qualidade, inclusive respeitada em todo o mundo. O que precisamos é aplicar a lei com máximo rigor, punindo os infratores. Se você trouxer um suíço para dirigir no Brasil, ele vai ter um comportamento no volante muito diferente do de um motorista brasileiro”, diz ele.
“Depois de certo tempo, entretanto, ele estará fazendo as mesmas bagunças que os brasileiros. Isso porque ele vai começar a sentir que não existe punição. Eu consigo ver isso acontecendo muito claramente em cidades com presença grande de estrangeiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.”
Lei Seca
Rizzotto apontou a lei seca como uma ação punitiva eficaz.
“A lei seca produziu resultados imediatos, não só do ponto de vista do motorista, que deixou de dirigir sob efeito de álcool, mas também devido à presença da blitz, que reduziu outros tipos de infrações”, afirma.
Para o coordenador do SOS Estradas, junto à punição é preciso desde cedo ter um trabalho de conscientização.
“Temos que fazer trabalho de educação principalmente com as crianças, que podem até educar os pais e motoristas adultos com muito mais competência que nós que militamos nessa área. Campanhas educativas também são importantes. Nesse sentido, a publicidade e a mídia têm um papel fundamental.”
“A publicidade atualmente tem muito medo de falar diretamente, medo de chocar. Quando há um acidente de avião, há todo um acompanhamento pela mídia da vida das vítimas, o que não acontece com as vítimas de acidente de carro. É preciso contar as histórias dessas pessoas também, são seres humanos com nome e sobrenome”, diz ele.
Cansaço ao volante
Rizzotto explicou que, na prática, não existem acidentes de trânsito, pois todos eles têm uma causa que se pode prever. Uma delas é o cansaço dos motoristas, que reduz a atenção no volante.
“Não existem acidentes. Acidente seria se caísse um meteoro em cima do seu carro. Segundo nossos estudos, cerca 50% dos acidentes com motorista de caminhão ou ônibus ocorrem com ele sozinho, em virtude do cansaço. Geralmente, saem da pista ou da faixa. Mesmo quando se trata de motoristas de automóvel, 20% dos acidentes apurados no mundo envolvem pessoas cansados, que cochilam no volante ou diminuem sua capacidade de atenção por causa do esgotamento.”
“Existe um projeto de lei de 1996 que procurava estabelecer limite de horas de direção por dia. Infelizmente, esse projeto foi vetado em 2009. Ou seja, se o caminhoneiro autônomo tiver combustível suficiente para rodar durante 24 horas, ele vai poder rodar durante todo esse tempo sem limitação. Se ele for um trabalhador, haverá a legislação trabalhista, entretanto esta não tem sido aplicada com muito rigor”, revela.
Dicas para driblar o cansaço
“A cada duas horas você precisa descansar de 15 a 20 minutos. Se ainda assim você não se sentir disposto, não continue dirigindo. Pare o carro imediatamente e durma lá dentro mesmo”, conclui.
Fantástico
Dando continuidade à reportagem especial do Fantástico sobre as causas de acidentes de trânsito e as medidas para combatê-las, o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzoto, falou sobre o assunto em um bate-papo com os internautas.
Para ele, as leis de trânsito brasileiras não precisam sofrer alterações, e sim ser aplicadas com eficiência. A impunidade, segundo Rizzotto, é o principal motivo para o problema de educação no trânsito. Ele ressaltou ainda a importância de dirigir bem disposto.
“O Brasil tem legislação de qualidade, inclusive respeitada em todo o mundo. O que precisamos é aplicar a lei com máximo rigor, punindo os infratores. Se você trouxer um suíço para dirigir no Brasil, ele vai ter um comportamento no volante muito diferente do de um motorista brasileiro”, diz ele.
“Depois de certo tempo, entretanto, ele estará fazendo as mesmas bagunças que os brasileiros. Isso porque ele vai começar a sentir que não existe punição. Eu consigo ver isso acontecendo muito claramente em cidades com presença grande de estrangeiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.”
Lei Seca
Rizzotto apontou a lei seca como uma ação punitiva eficaz.
“A lei seca produziu resultados imediatos, não só do ponto de vista do motorista, que deixou de dirigir sob efeito de álcool, mas também devido à presença da blitz, que reduziu outros tipos de infrações”, afirma.
Para o coordenador do SOS Estradas, junto à punição é preciso desde cedo ter um trabalho de conscientização.
“Temos que fazer trabalho de educação principalmente com as crianças, que podem até educar os pais e motoristas adultos com muito mais competência que nós que militamos nessa área. Campanhas educativas também são importantes. Nesse sentido, a publicidade e a mídia têm um papel fundamental.”
“A publicidade atualmente tem muito medo de falar diretamente, medo de chocar. Quando há um acidente de avião, há todo um acompanhamento pela mídia da vida das vítimas, o que não acontece com as vítimas de acidente de carro. É preciso contar as histórias dessas pessoas também, são seres humanos com nome e sobrenome”, diz ele.
Cansaço ao volante
Rizzotto explicou que, na prática, não existem acidentes de trânsito, pois todos eles têm uma causa que se pode prever. Uma delas é o cansaço dos motoristas, que reduz a atenção no volante.
“Não existem acidentes. Acidente seria se caísse um meteoro em cima do seu carro. Segundo nossos estudos, cerca 50% dos acidentes com motorista de caminhão ou ônibus ocorrem com ele sozinho, em virtude do cansaço. Geralmente, saem da pista ou da faixa. Mesmo quando se trata de motoristas de automóvel, 20% dos acidentes apurados no mundo envolvem pessoas cansados, que cochilam no volante ou diminuem sua capacidade de atenção por causa do esgotamento.”
“Existe um projeto de lei de 1996 que procurava estabelecer limite de horas de direção por dia. Infelizmente, esse projeto foi vetado em 2009. Ou seja, se o caminhoneiro autônomo tiver combustível suficiente para rodar durante 24 horas, ele vai poder rodar durante todo esse tempo sem limitação. Se ele for um trabalhador, haverá a legislação trabalhista, entretanto esta não tem sido aplicada com muito rigor”, revela.
Dicas para driblar o cansaço
“A cada duas horas você precisa descansar de 15 a 20 minutos. Se ainda assim você não se sentir disposto, não continue dirigindo. Pare o carro imediatamente e durma lá dentro mesmo”, conclui.
Fantástico
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