terça-feira, 17 de novembro de 2009

Encontro das águas a caminho de virar patrimônio nacional

A delimitação da área do encontro das águas [rios Negro e Amazonas] que poderá ser reconhecida como patrimônio nacional pelo Ministério da Cultura (Minc) começou esta semana a ser inventariada por dois profissionais das áreas de Geografia e Geologia.

O estudo será entregue até o dia 12 de dezembro à superintendência regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), subordinado ao Minc.

Na última quinta-feira, os dois profissionais áreas de Geografia e Geologia foram selecionados através de licitação, pelo Iphan local, para realizar o estudo.

O superintendente regional do Iphan, Juliano Valente, afirmou que o trabalho será uma produção documental com descrição sobre o fenômeno hidrográfico e historiográfico do rio Amazonas e sobre a sua relevância como identificação regional e paisagem cultural.


Ele informou que, após ser entregue, o estudo será apreciado por um “grupo de notáveis”. Valente afirmou que, em janeiro, o estudo deve ser enviado à direção do Iphan, em Brasília.

Segundo o superintendente, o comitê que analisa os pedidos de tombamento tem um prazo de 180 dias para apresentar sua decisão. Valente mostrou-se otimista com a resposta positiva da presidência do órgão para a solicitação.

O estudo foi uma sugestão dada pelo Departamento Geral dos Bens Imóveis do Iphan, após esta receber o pedido de tombamento, em agosto passado. De acordo com o coordenador de fomento e gestão deste departamento, José Leme Galvão Júnior, o processo de tombamento está aberto, mas é preciso um trabalho mais consistente e que apresente a área específica a ser tombada.

“A área é um tremendo símbolo cultural e uma referência para Manaus que foi estendida para todo o Brasil. É uma proposta viável, por isso aguardamos a ampliação do estudo”, disse Galvão Júnior.

Conforme Galvão, uma das consequências do tombamento é a preservação da área e intervenções deverão passar por análise do Iphan. Se for reconhecido, o Encontro das Águas será considerado Patrimônio Natural do Brasil.

Jeso Carneiro

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