terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cientistas tentam mapear o DNA do mosquito da dengue

Em Mirante (BA), nenhum carro entra ou sai da cidade sem passar por uma dedetização. De janeiro para cá, 256 pessoas foram atendidas nos postos de saúde da cidade.
Na Bahia, a doença já atingiu 4.242 pessoas, um aumento de mais de 110 % em relação ao ano passado. Quatro crianças morreram. A última foi o menino Felipe Yokio, de 11 anos, que morava em Porto Seguro. Outras seis mortes estão sendo investigadas.

Em Salvador, os agentes de saúde têm que procurar o mosquito nas casas, coletar as larvas e levar para a análise. Normalmente, as pessoas procuram focos do mosquito em locais visíveis, como pneus, garrafas e vasos de plantas; mas existem focos que ficam dentro de casa e são bem escondidos.

Os agentes de saúde também costumam encontrar focos do mosquito transmissor nos seguintes locais:

- Atrás da geladeiras mais modernas ou nas bandejas externas usadas para degelo

- Dutos de ar condicionado, se estiverem recolhendo água em poter abertos.

- Ralos onde nem sempre há água correndo; esse é um dos locais preferidos para os mosquitos.

- Fossos dos elevadores. Eles devem ser vistoriados pelo menos a cada cinco dias. É como um acúmulo de água após a lavagem das áreas comuns.

“Podemos dizer que cerca de 90% dos focos são encontrados dentro do domicílio”, diz Eliaci Costa, coordenadora de combate à dengue no estado.

Os cientistas baianos estão isolando e extraindo o DNA do mosquito Aedes Aegypti. Eles querem descobrir se está havendo modificação genética no mosquito, o que poderia torná-lo mais resistente aos inseticidas.

“Usamos a mesma estratégia que o médico usa quando cuida do paciente que tem uma infecção. Você não usa um antibiótico que não vai fazer efeito”, explica Mittermayer Reiz, pesquisador da Fiocruz que participa da pesquisa.


Jornal Hoje

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