segunda-feira, 29 de julho de 2013

Norte e Nordeste têm maior evolução no IDH

Municípios das regiões Norte e Nordeste estão entre os que registraram maior crescimento na renda nos últimos 20 anos, mostram dados do 'Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013', divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).


O atlas mostra o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de cada cidade do país. Para se calcular o IDHM, são considerados três indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). No caso da renda, é avaliado o rendimento per capita (por pessoa) do município. 

As informações de 2013 foram obtidas com base no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. É a terceira edição do atlas. O primeiro foi divulgado em 1998 com informações de 1991 e o segundo, em 2003 com dados de 2000. 

As publicações de 1998 e 2003 foram desconsideradas em razão da mudança de critérios, mas o Pnud reatualizou os dados para possibilitar a comparação sobre a evolução dos municípios.

O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor. Além do IDHM de cada município, há IDHMs específicos de longevidade, educação e renda. Os três indicadores isoladamente seguem o mesmo critério de pontuação de 0 a 1. 

Melhor e pior renda - A cidade com melhor IDHM renda é São Caetano, no ABC paulista, que tem índice de 0,891 e também registra o melhor IDHM geral do país. O município fluminense de Niterói ficou em segundo lugar no indicador, com IDHM renda de 0,887. 

Apesar de cidades do Norte e Nordeste registrarem as maiores evoluções na renda, as duas regiões também têm os municípios com os piores índices. Marajá do Sena, no Maranhão, tem o pior IDHM renda do Brasil – 0,400, considerado 'muito baixo'.

Marajá da Sena tem renda per capita de R$ 96,25, a pior entre os 5.565 municípios do Brasil conforme o censo do IBGE de 2010. Pelos critérios do governo brasileiro, são considerados na pobreza extrema as famílias com renda per capita inferior a R$ 70. 

A renda per capita em São Caetano (SP), R$ 2.043,74, é 2000% maior do que a menor renda por pessoa do país, em Marajá da Sena.

Maior evolução na renda - Considerando apenas os índices de renda, das 10 cidades que registram maior evolução entre 1991 e 2010,  quatro são do Norte e seis do Nordeste. 

Apesar de aumentos superiores a 80% no índice de renda, todos os municípios têm IDHM geral classificados como de 'baixo desenvolvimento' (entre 0,500 e 0,599) e de 'médio desenvolvimento' (entre 0,600 e 0,699). 

O município que registrou o melhor resultado no crescimento da renda foi Nova Colinas, no Maranhão, cujo IDHM renda passou de 0,229 no atlas de 1998 (dados de 1991) para 0,502 no atlas de 2003 (dados de 2000) - aumento de quase 120% na renda. Embora apresente a maior evolução na renda, Nova Colinas tem renda per capita de R$ 181,59.

A cidade de Poço de José de Moura (PB) teve a segunda melhor evolução (117%) e Carrasco Bonito (TO) ficou em terceiro, com incremento de 102%.

Estados - Entre as unidades da federação, o maior incremento no IDHM renda ocorreu no Piauí, 30% de aumento – de 0,488 no IDHM renda de 1998 para 0,635 no índice atual. O Maranhão ficou em segundo lugar e, em terceiro, a Paraíba. 

Retração na renda - Entre os 5.565 municípios, 11 tiveram redução no IDHM renda em 20 anos: Amajari (RR), Pedra Preta (RN), Prata (PB), Nova Fátima (BA), União do Sul (MT), Chuí (RS), Paulista (PB), Parnamirim (PE), Nova Ubiratã (MT), Juruena (MT) e Tailândia (PA). 

 Desses, só o município gaúcho de Chuí tem índice geral (que engloba renda, educação e saúde) considerado 'alto'. Todos os demais estão classificados como de 'muito baixo', 'baixo' ou 'médio desenvolvimento humano'.

 Fonte: G1

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