É só olhar os preços por aí para ver quanto vale ma moeda. “Se não tiver o quebradinho, não compra”, diz uma consumidora.
Às vezes, não tem moedinha mesmo.
Em um cartaz, há o pedido desesperado pelas moedinhas que andam escassas. Em um armazém no Rio de Janeiro que vende de tudo, uma senhora paga R$ 12 para quem trouxer R$ 10 trocadinhos. “Estou comprando moedas”, admite.
O problema da falta de moedas é antigo, que começou quando os tempos de inflação alta ficaram para trás em 1994, ano em que o Brasil conseguiu estabilizar a economia com o Plano Real. As moedas, que antes perdiam o valor rapidamente, deixaram de ser desprezadas. Resultado: a cultura do cofrinho cheio se espalhou pelo Brasil.
Hoje o Banco Central estima que, de cada 100 moedas cunhadas no país, 50 estão guardadas em algum cantinho das casas espalhadas pelo Brasil. São sete bilhões de moedas, o que representa R$ 1,5 bilhão fora de circulação.
A economista Miriam Lund, que também gosta de guardar suas moedinhas, avisa: dinheiro parado é dinheiro perdido. “A pessoa que juntar as moedidnhas tiver R$ 10 por mês, se colocar numa poupança, em dez anos ela vai ter R$ 1,8 mil”, calcula.
O dinheiro ocioso custa dinheiro. Para fazer justamente as moedas que estão em falta por aí, é preciso gastar mais do que o que elas valem. A Casa da Moeda paga R$ 0,16 para fazer uma moedinha de R$ 0,10. A de R$ 0,05 sai por R$ 0,13. A de R$ 0,01 está com a fabricação suspensa.
A menina Valentina não deixa passar nenhuma moeda que aparece em casa. Ela tem 9 anos e diz que está enchendo os cofrinhos para comprar um celular quando fizer 13 anos de idade.
Bom Dia Brasil
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